Após a alta hospitalar, neste domingo (4/5), os médicos de Jair Bolsonaro (PL) recomendaram que o ex-presidente não participe do ato em defesa da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, que vai acontecer em Brasília na próxima quarta-feira (7/5).
Questionado pela imprensa se poderá participar do ato, Bolsonaro disse: “Quem vai responder são eles”, apontando para os médicos. Quando ainda estava internado, o ex-mandatário convocou apoiadores para participar da manifestação na capital federal.
O cirurgião-geral e gastroenterologista Cláudio Birolini, que liderou a equipe cirúrgica que operou Bolsonaro no último dia 13 de abril, respondeu:
“Nós passamos as instruções para o presidente para que ele não participe diretamente do ato, presencialmente do ato, porque isso não seria recomendado neste momento”.
Em seguida, o médico cardiologista Leandro Echenique disse que foi recomendado a Bolsonaro evitar aglomerações.
“A recomendação é de evitar aglomeração, até pelo risco de infecções. Então, realmente, vai ser uma semana onde ele vai ficar mais resguardado”, afirmou.
Veja:
Bolsonaro se recupera de uma cirurgia de 12 horas para desobstrução intestinal, procedimento realizado em 13 de abril. Este é mais um procedimento a que Bolsonaro foi submetido em razão da facada de que levou em setembro de 2018, durante a campanha à Presidência da República.
A saída da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a transferência para um quarto da unidade hospitalar ocorreram na quarta-feira (30/4).
A alta veio na manhã desta sexta-feira (2/4), por volta das 11h, após 22 dias de internação. Ele deixou o hospital acompanhado pela equipe médica e pela esposa e ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O que é obstrução intestinal?
- A obstrução intestinal é caracterizada pelo bloqueio parcial ou total da passagem dos alimentos digeridos pelo intestino.
- Essa condição pode ser provocada por diferentes fatores, como tumores, hérnias, inflamações, intoxicações, ou pelas chamadas bridas intestinais.
- Os principais sintomas incluem inchaço abdominal, prisão de ventre, dificuldade para eliminar gases, náuseas, vômitos e dor abdominal em forma de cólica.
- No caso de Bolsonaro, o problema está associado às cirurgias feitas após o atentado de 2018, o que favorece a formação dessas aderências.
Apoiadores do ex-presidente, que fizeram vigília ao longo da internação, também acompanharam em oração o momento da alta.
*Com a colaboração de Giovanna Pécora.