O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou, nessa terça-feira (18/3), para julgamento na Primeira Turma a denúncia referente a mais um núcleo dos 34 envolvidos na trama golpista, entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Trata-se do núcleo 2, composto por 6 pessoas.
Veja quem são:
- Silvinei Vasques (foto em destaque) – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na gestão de Bolsonaro;
- Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto da Secretaria de Segurança Pública do DF;
- Filipe Garcia Martins Pereira – ex-assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência;
- Marcelo Costa Câmara – coronel do Exército e ex-assessor de Bolsonaro;
- Marília Ferreira de Alencar – delegada da Polícia Federal e ex-subsecretária de Segurança Pública da Distrito Federal; e
- Mário Fernandes – general da reserva do Exército e kid preto.
Todos foram denunciados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração de patrimônio tombado e concurso material.
Agora, cabe ao ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, marcar a data do julgamento, que definirá se os denunciados se tornam – ou não – réus pela trama golpista.
Os integrantes desse núcleo são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de terem posições profissionais relevantes para gerenciar ações elaboradas pela organização de uma tentativa de golpe.
Segundo a PGR, Vasques, Marília e Fernando coordenaram o emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima de Bolsonaro no poder.
Pela denúncia, Mário Fernandes ficou responsável por coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas, em conjunto com Marcelo Câmara, além de realizar a interlocução com as lideranças populares ligadas ao 8 de Janeiro.
Filipe Martins seria o responsável por auxiliar o ex-presidente com o projeto para decretar estado de sítio no país.