Organizações da sociedade civil comemoraram a escolha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para chefiar a Conferência do Clima da ONU de 2025 (COP30), que ocorrerá em novembro em Belém (PA). A nomeação do embaixador André do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, foi adiantada pelo Metrópoles, na coluna de Igor Gadelha.
O que aconteceu
- Embaixador André do Lago, atual secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, presidirá a COP30. Já a secretária de Mudança do Clima, Ana Toni, vai para a diretoria executiva.
- Organizações como Greenpeace Brasil e o Observatório do Clima celebraram as indicações e ressaltaram os desafios que a dupla terá nos próximos meses.
- A Conferência do Clima da ONU ocorrerá em novembro em Belém (PA).
A diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali, disse ver “com bons olhos” a nomeação do diplomata e ressaltou seu currículo.
“Após uma série de presidências da COP alinhadas a empresas de petróleo e gás, a exemplo da última Conferência, ocorrida no Azerbaijão, recebemos com bons olhos a nomeação do embaixador André Corrêa do Lago como presidente da COP30. Com ampla experiência em diplomacia climática, o embaixador possui o conhecimento e as capacidades necessárias para mediar as negociações entre os mais de 190 países”, destacou Pasquali.
Ela reforçou que Corrêa do Lago terá uma grande responsabilidade pela frente, com os Estados Unidos — o segundo maior emissor do mundo de gases do efeito estufa — deixando o Acordo de Paris. “Será necessária muita habilidade para que avanços cruciais aconteçam.”
O Observatório do Clima (OC) também saudou a nomeação do embaixador André Corrêa do Lago para a presidência da COP30 e da secretária de Mudança do Clima, Ana Toni, para a diretoria executiva. “Dificilmente haveria uma dupla com mais estatura para desempenhar a missão”, disse a organização, em nota.
“Caberá à dupla de presidência da COP — em simbiose com a ‘dona’ da agenda, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva — navegar a tormenta geopolítica e ao mesmo tempo desviar dos icebergs domésticos: a própria demora de Lula em fechar o nome do presidente da COP sinaliza menos consenso no Planalto sobre a relevância do evento do que pareceu em 2022, quando o presidente mostrou disposição de preencher o vácuo de liderança climática global no clima. E cria uma pressão adicional de tempo para a montagem da agenda e a costura entre os países”, completou.
A nota do OC finaliza com a mensagem: “Desejamos sorte e coragem à equipe da presidência. E estamos de olho”.