A bancada do Partido Liberal (PL) na Câmara dos Deputados não foi unânime no apoio à urgência do texto do projeto de lei que anistia os envolvidos nos ataques do 8 de Janeiro. Do bloco, apenas um parlamentar não assinou o documento protocolado na tarde desta segunda-feira (14/4).
O deputado do PL que não assinou o documento é o deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), que foi ministro dos Transportes durante o segundo governo de Dilma Rousseff. A reportagem tentou contato com o parlamentar, mas não houve retorno.
A proposta foi apresentada com 264 assinaturas, mas duas foram invalidadas, totalizando 262 apoios à urgência.
Embora festejada o apoio da maioria dos congressistas cumpre formalidade, mas não assegura a tramitação da matéria. O pedido foi protocolado em um momento que o governo Lula entrou em campo para tentar pressionar partidos da base a retirarem assinaturas do requerimento.
O Partido Liberal, desde o fim de março, tenta pressionar Hugo Motta a pautar a urgência da matéria. Entretanto, enquanto perdurou a obstrução, houve falhas na articulação e a oposição não conseguiu paralisar totalmente os trabalhos na Casa.
A sigla, entetanto, anunciou que decidiu suspender a obstrução que estava promovendo nas comissões e no plenário da Casa. “Estamos apostando no diálogo com os colegas parlamentares, que vêm se sensibilizando com essa pauta de justiça, de humanidade e de pacificação nacional”, afirmou Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Vale destacar que, conforme informações disponíveis no site da Câmara, Robson Faria ainda é considerado parte da bancada do PL e não teria assinado a urgência. Ele, entretanto, migrou para o Republicanos. A oficialização da mudança de sigla no sistema da Casa depende de ofício enviado à Mesa e assinatura de Hugo Motta.