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Radar nowcasting pode proteger Rio Grande do Sul de novas enchentes

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O Rio Grande do Sul pode ter um reforço na prevenção a desastres naturais. Cientistas do estado propõem a operação de um radar meteorológico específico para previsões de até três horas, que são chamadas nowcasting. A tecnologia poderá ampliar a proteção às pessoas diante de eventos climáticos extremos, como os que têm atingido o estado com certa frequência, sejam eles tempestades, tornados ou ciclones.

A proposta será um dos temas de um seminário realizado nesta sexta-feira (14/3), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. A programação poderá ser acompanhada ao vivo pelo YouTube.

Sobre o radar, o consultor acadêmico do projeto Pedro Marques afirmou que além de reduzir o tempo de previsão, a tecnologia tem como vantagem a capacidade de indicar mais precisamente o local de ocorrência dos eventos.

“Esse nowcasting é localizado. (…) E aí eles utilizam inteligência artificial para fazer o cálculo dessa previsão que é um método recente que economiza em termos de custo e também é eficaz em prever situações específicas, como por exemplo, um tornado que aconteceu no Rio Grande do Sul”, acrescenta.

No evento desta sexta, serão apresentados detalhes sobre os artigos que compõem o livro “RS: Resiliência & Sustentabilidade”, que será lançado no seminário. A obra reúne artigos de vários pesquisadores, com informações revisadas e detalhadas sobre as enchentes de abril e maio de 2024. Nela também há estudos que apontam soluções para que o estado tenha mais resiliência diante de próximos eventos climáticos extremos.

Marques afirma que a aplicação de previsões nowcasting é apenas um exemplo incluído na aba de tecnologia das propostas previstas no livro. As outras duas são: sistema de prevenção e o desenvolvimento de protocolos de gestão integrada.

No âmbito de sistemas de prevenção, foi desenvolvida uma metodologia que consegue prever, de acordo com as condições hidrológicas, a área que pode ser afetada por uma possível inundação. A informação é útil para orientar a evacuação de populações que realmente precisem ser removidas.

A terceira aba diz respeito ao desenvolvimento de protocolos. Neste sentido, o cruzamento de informações demográficas com condições geográficas fornecem subsídios para a atuação da Defesa Civil, por exemplo.

“O que é enfatizado nos artigos é que não existe bala de prata como soluções para um evento climático como este que aconteceu particularmente no Rio Grande do Sul e afetou a bacia do Rio Guaíba”, ressalva Marques, ao dizer que são necessárias medidas estruturantes, como obras, mas também protocolos adequados de resposta. “As medidas não estruturais têm mais probabilidade de não falhar.”

Parceria

Chefe do escritório do governo federal no Rio Grande do Sul, Maneco Hassen afirma que, com o avançar do tempo, o poder público procurou olhar para soluções que tivessem efeito no médio e longo prazo.

“A gente foi estabelecendo com as universidades quais eram os projetos de pesquisa que já existiam, quais eram os temas que já estavam na pauta das universidades antes da enchente. A partir daí, a gente foi organizando aqueles (trabalhos) que tinham mais relação com o que a gente imaginava importante para o futuro de médio e longo prazo”, detalha Hassen.

O último boletim da Defesa Civil do Rio Grande do Sul sobre as enchentes, datado de 20 de agosto de 2024, aponta que foram afetados 478 municípios, 183 pessoas morreram e o número de desaparecidos chegou a 27.

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