Governador disse nesta sexta (21/12) que GDF iniciará o ano de 2109 com R$ 600 milhões em caixa e não com rombo, como afirmou Paco Britto
O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) agiu rápido e, na manhã desta sexta-feira (21/12), concedeu entrevista para dar sua versão sobre como vai deixar o caixa do GDF. De acordo com o chefe do Executivo distrital, os cofres locais iniciarão o ano de 2109 com R$ 600 milhões. A previsão de fechamento apresentada é de situação orçamentária com déficit estrutural zerado, ou seja, com as despesas obrigatórias como folhas de pagamento, dívida pública e precatórios atendidas.
A equipe de seu sucessor, Ibaneis Rocha (MDB), se mostrou preocupada com a possibilidade de receber a chave do Palácio do Buriti com a estimativa de um déficit de R$ 3 bilhões. O valor da “herança maldita” foi divulgado pelo grupo de transição, comandado pelo futuro vice-governador, Paco Britto (Avante), nessa quinta (20).
“Eles fizeram uma especulação da dívida que receberiam. Me surpreendeu a declaração. Não sei com que base e números ele [Britto] está tratando. Estamos com total transparência”, rebateu Rollemberg.
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Derrotado nas urnas, o socialista afirmou que o cenário é bem diferente: O novo governo terá cerca R$ 680 milhões disponíveis nos primeiros dias de janeiro, após pagar os servidores”. Ele disse ainda que vai entregar o DF em situação de normalidade. “Deixaremos R$ 1,5 bilhão de recursos já contratados, prontos para serem utilizados”, completou.
O secretário de Fazenda, Wilson de Paula, foi na mesma linha do governador. “Não sabemos de onde eles tiraram esses dados e não fomos procurados pela transição para falar sobre esses R$ 3 bilhões”. O titular da Casa Civil, Sérgio Sampaio, garantiu que todos os esclarecimentos foram prestados à equipe de Ibaneis: “Também foram liberados servidores para ajudar no que fosse necessário. Não há nenhuma informação que deixamos sem resposta. Até o dia 27 publicaremos no Diário Oficial o que ainda resta”.
Quanto aos precatórios, outra preocupação de Paco Britto, Rollemberg disse que foi liberado todo o montante previsto para 2018: “Temos uma certidão do TJDFT (veja abaixo) que vale até o dia 31 de dezembro deste ano mostrando que estamos em dia com os pagamentos. Foram R$ 379 milhões apenas em 2018″.
REPRODUÇÃO
De acordo com o vice-governador eleito e coordenador-geral da transição, Paco Britto, o rombo foi calculado somando “todas as áreas”. “Nas nossas contas, vai beirar R$ 3 bilhões. Se não passar, porque ainda há contas como os precatórios que não foram pagos, foram arrolados. Isso sem mencionar as outras [despesas] que não foram contabilizadas”, ressaltou.
Entram nas contas, por exemplo, as dívidas com empresas que prestam serviços para o GDF. “Tem prestadores que não receberam ou receberam atrasados”, disse. Britto pontua, entretanto, que confia na palavra de Rodrigo Rollemberg, que teria prometido entregar as chaves do Palácio do Buriti com a folha de fornecedores em dia.
Segundo o futuro vice de Ibaneis Rocha, o valor deficitário não prejudicará os projetos da próxima gestão. Isso porque a equipe de transição angariou em torno de R$ 1 bilhão com o governo federal. “Proporcionalmente, conseguimos mais dinheiro do que toda a gestão Rollemberg”, declarou.