O novo presidente do Insituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Gilberto Waller, nomeado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta quarta-feira (30/4), é procurador federal de carreira, ou seja, é servidor da Advocacia-Geral da União (AGU) .
A nomeação foi uma determinação de Lula e encaminhada pela ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior. Waller assume o cargo após a saída de Alessandro Stefanutto, demitido pelo presidente no último dia 23 em meio às repercussões do escândalo dos descontos indevidos na remuneração de aposentados e pensionistas do INSS.
Como procurador Federal, Waller ocupa atualmente o cargo de corregedor-geral da União na Controladoria-Geral da União (CGU) desde janeiro de 2019. Ele é graduado em Direito pela Universidade de Taubaté (1996).
Waller atuou na CGU como Ouvidor-Geral da União, no período março de 2016 a janeiro de 2019. De julho a agosto de 2013, o novo presidente do INSS exerceu a função de corregedor Setorial do Ministério da Fazenda.
De julho a agosto de 2013, Waller esteve como corregedor setorial do Ministério dos Transportes e, de fevereiro de 2006 a setembro de 2007, exerceu a função de corregedor setorial do Ministério da Integração Nacional.
A presidência do INSS por Waller representa um retorno ao órgão, onde ele atuou no cargo de subprocurador geral de 2007 a 2008. No INSS, ele também passou pelo cargo de corregedor geral (2001 a 2004) e de auditor geral substituto (2002 a 2003), entre outras funções.
O INSS tem rendido muita dor de cabeça ao governo federal. Uma operação da Polícia Federal (PF) foi realizada contra 11 associações que oferecem serviços a aposentados. Elas são suspeitas de cadastrar pessoas sem autorização, com assinaturas falsas, para descontar mensalidades dos benefícios pagos pelo INSS. O caso foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens.
Diante da situação, a oposição já pediu o impechment do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, órgão ao qual o INSS está vinculado. No momento, os oposicionistas também atuam na Câmara e no Senado para a instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).