- Publicidade -
spot_img
HomeBrasilUniversidades reclamam de cortes e pedem orçamento extra para 2025

Universidades reclamam de cortes e pedem orçamento extra para 2025

- Publicidade -

As universidades federais têm se queixado do montante de recursos destinado a elas no Orçamento de 2025 e expressaram preocupação com um decreto recente do presidente Lula (PT) que reduziu ainda mais o volume orçamentário.

A diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros federais de educação tecnológica, manifestou “profunda preocupação” com a situação atual do orçamento das universidades federais.

Segundo a entidade, o orçamento discricionário encaminhado na proposta orçamentária do governo, que já era insuficiente, sofreu cortes na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) pelo Congresso Nacional.

O cenário, diz a Andifes, foi seriamente agravado pela publicação do Decreto nº 12.448, de 30 de abril, que trata da programação orçamentária e financeira e estabelece o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder Executivo federal para o exercício de 2025.

No total, a fatia do Orçamento destinada às universidades é de R$ 33,9 bilhões. No entanto, o decreto assinado pelo presidente Lula e pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) determina que, até novembro, o MEC só poderá empenhar despesas primárias discricionárias até o limite de R$ 21,4 bilhões. O valor total só será liberado em dezembro.

Sendo assim, o decreto acaba limitando a execução orçamentária das despesas discricionárias mensais das universidades.

De acordo com a associação, os principais compromissos das instituições federais de ensino superior (Ifes) requerem pagamentos continuados ao longo de todo ano, com despesas mensais relativas a:

  • Assistência estudantil;
  • Bolsas acadêmicas de estudantes;
  • Contratos de terceirização;
  • Restaurantes universitários;
  • Contas de água e energia, entre outros.

Portanto, as universidades alegam que limitar a execução mensal e liberar parte do orçamento somente em dezembro “não apenas inviabiliza a continuidade das atividades das universidades federais como também a devida execução orçamentária”.

7 imagens

ICC retoma atividades

Greve de 2023 nas universidades e institutos federais durou pouco mais de dois meses, no caso dos professores
Instituto Central de Ciências (ICC), prédio principal da Universidade de Brasília (UnB)
No caso da Universidade de Brasília (UnB), o segundo semestre de 2024 só será encerrado em fevereiro de 2025
Alunos retornaram às aulas na UnB
1 de 7

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

2 de 7

ICC retoma atividades

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

3 de 7

Greve de 2023 nas universidades e institutos federais durou pouco mais de dois meses, no caso dos professores

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

4 de 7

Instituto Central de Ciências (ICC), prédio principal da Universidade de Brasília (UnB)

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

5 de 7

No caso da Universidade de Brasília (UnB), o segundo semestre de 2024 só será encerrado em fevereiro de 2025

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

6 de 7

Alunos retornaram às aulas na UnB

Vinícius Schmidt/Metrópoles @vinicius.foto

7 de 7

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

 

A associação diz reconhecer que o Ministério da Educação (MEC), comandado pelo ministro Camilo Santana, tem mantido uma postura de diálogo aberto com as universidades e demonstrado sensibilidade às pautas da educação superior.

“No entanto, a situação é agravada pelo fato de as universidades federais enfrentarem, há anos, sérias dificuldades orçamentárias e os cortes acumulados ao longo de vários anos continuam produzindo efeitos significativos, apesar de o MEC ter realizado algumas recomposições orçamentárias recentemente”, pondera.

A Andifes defende a liberação “urgente” do orçamento para que os pagamentos mensais regulares não permaneçam comprometidos. Também alega que o orçamento aprovado pelo Congresso para este ano é insuficiente para que as universidades possam honrar com seus compromissos e pede uma suplementação orçamentária para assegurar o funcionamento das universidades federais.

O que diz o governo

O ministro da Educação disse nesta semana que o MEC repassou mais R$ 52,1 milhões em emendas parlamentares para a educação pública. “É dinheiro que vai para universidades, institutos federais, obras escolares e outras ações para nossos estudantes. Com essa liberação, o MEC já soma R$ 547,4 milhões em emendas liberadas ao longo de 2025”, informou Camilo Santana. Ele, porém, não fez menção específica ao orçamento das universidades.

Procurado, o MEC afirmou que a necessidade de manutenção de infraestrutura das universidades federais não é um desafio de hoje e decorre da política implementada nos últimos anos, de 2016 a 2022, e que foi gerado um passivo para o atual governo.

“Nesse contexto, o MEC vem fazendo, desde 2023, um esforço consistente para recuperar o orçamento das universidades federais. Esse esforço foi materializado nas suplementações ocorridas nos anos de 2023 e 2024. Essa recuperação é necessária em função das grandes perdas que as universidades federais sofreram, principalmente nos anos de 2020, 2021 e 2022”, disse o ministério.

A pasta ainda afirmou que está em diálogo constante com as reitorias das universidades e trabalha para garantir a recomposição do orçamento de 2025, que foi reduzido pelo Congresso.

Por fim, o MEC salientou que a gestão orçamentária e financeira das universidades federais é pautada pela autonomia. Portanto, as Ifes “têm total liberdade para definir suas prioridades internas, incluindo a alocação de recursos, a gestão de contratos terceirizados e a execução de projetos, conforme suas necessidades e diretrizes institucionais”.

- Publicidade -
- Publicidade -
Midias Sociais
35,000FansLike
419,000FollowersFollow
ÚLTIMAS NOTICIAS
- Publicidade -
Relacionadas
- Publicidade -