O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou, nesta sexta-feira (21/3), que o pagamento do salário dos servidores públicos referente ao mês de abril e do reajuste salarial retroativo será feito em 2 de maio.
A decisão ocorre devido ao prazo para sanção da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025, ou seja, o Orçamento. A peça orçamentária foi aprovada pelo Congresso Nacional nessa quinta-feira (20/3) depois de meses de atraso.
Dessa forma, a cifra do reajuste só será liberada após a sanção presidencial.
Reajuste dos servidores
Ao todo, serão destinados R$ 27,9 bilhões para os reajustes dos servidores — o que representa aumento médio de 27%, que será feito de forma escalonada até 2026, com impacto estimado em R$ 16,2 bilhões para a União.
No ano passado, a maioria das categorias teve reajuste zero, mas o governo fez uma correção de 52% no auxílio-alimentação, bem como um acréscimo na assistência à saúde complementar (auxílio-saúde) e na assistência pré-escolar (auxílio-creche).
Confira como ficou a correção:
- Auxílio-alimentação: passa de R$ 658 para R$ 1 mil (aumento de 51,9%);
- Assistência à saúde suplementar (auxílio-saúde): passa de R$ 144 para R$ 215 (aumento de 49,30%); e
- Assistência pré-escolar (auxílio-creche): passa de R$ 321 para R$ 484,90 (aumento de 51,05%).
No último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), a folha de pagamento do Executivo representava 2,68% do Produto Interno Bruto (PIB). Vale lembrar que, durante toda a gestão Bolsonaro, os funcionários públicos ficaram sem reajuste.
Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esse valor passou de 2,61% para 2,48%, em 2024. Para 2025, a projeção é de 2,59% do PIB.