O grupo que se reúne diariamente para orar pela saúde do ex-presidente em frente ao Hospital DF Star, onde Jair Bolsonaro está internado desde o dia 13 de abril, adicionou um novo nome às orações: Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com o organizador da roda de orações, o bispo Fernando Fé, o ministro “está tendo senso e muita maestria” no caso da patriota Débora Rodrigues, condenada a 14 anos pelo Supremo por pichar “perdeu, mané” com batom na estátua “Justiça”, no dia 8 de janeiro de 2022.
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“[Oramos] pelo ministro Fux, porque o Fux está tendo senso e muita maestria em comandar essa situação no caso da Débora”, conta o bispo ao Metrópoles.
O ministro Fux divergiu do relator Alexandre de Moraes e votou para reduzir a pena de 14 anos imposta à cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos nos votos de Moraes e de Flávio Dino. Pelo voto de Fux, a pena de Débora deveria ser de 1 ano e 6 meses de reclusão e 10 dias-multa.
A mulher ficou conhecida por ter pichado com batom “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, que fica em frente à sede da Corte. A pichação ocorreu durante os atos antidemocráticos do 8 de janeiro de 2023.
O julgamento de Débora foi suspenso no mês passado por um pedido de vista do próprio ministro Luiz Fux, que declarou seu desejo de revisar a pena de 14 anos ainda nos dois primeiros votos expostos em plenário virtual da Corte. “Confesso que eu, em determinadas ocasiões, me deparo com uma pena exacerbada. E foi por essa razão que eu pedi vista do caso”, disse ao pedir vista.
Ato pró-anistia
O grupo de orações que todos os dias, há duas semanas, se reúne no jardim de entrada do hospital DF Star também orou pela anistia dos condenados do 8/1 e em prol do ato pró-anistia, convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e marcado para a quarta-feira (7/5) da próxima semana, em Brasília (DF).
“As pessoas do 8 de janeiro que estão presas, boa parte, a maioria, está lá injustamente. Nós queremos a justiça verdadeira”, afirma o líder do grupo.
De acordo com ele, “quem fez o quebra-quebra, quem atrapalhou e fez bagunça tem que pagar”, mas “sem injustiças e no rigor da lei”.