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VoePass: famílias criam associação. “Luto se transformando em luta”

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As famílias das 62 vítimas do acidente envolvendo a companhia aérea VoePass se uniram e criaram uma associação para acompanhar as investigações do acidente e dar assistência emocional e jurídica aos familiares.

O avião, de modelo ATR-72, com 58 passageiros e 4 tripulantes a bordo, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, há pouco mais de dois meses, no dia 9 de agosto. Não houve sobreviventes.

A Associação dos Familiares das Vítimas do Voo 2283, instituída em 25 de setembro, é presidida por Maria de Fátima Albuquerque, mãe da médica residente Arianne Albuquerque Risso, uma das vítimas do acidente. A vice-presidente é Adriana Ibba, mãe da pequena Liz Ibba, a pessoa mais jovem a bordo da aeronave da VoePass.

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Maria de Fátima Albuquerque, mãe da médica Arianne Albuquerque Risso

IGO ESTRELA /METRÓPOLES @igoestrela

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Maria de Fátima Albuquerque, mãe da médica Arianne Albuquerque Risso

IGO ESTRELA /METRÓPOLES @igoestrela

Segundo a presidente da associação, a ideia da união entre famílias surgiu em 6 de setembro, dia em que foi entregue o relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre a queda do avião.

Em entrevista ao Metrópoles, Maria de Fátima afirma que a associação conta com 119 familiares, que buscam resposta para o que chama de “tragédia anunciada” e “crime premeditado”.

“O luto tem se transformado em luta. Não foi uma fatalidade, não foi um acidente, foi um crime premeditado, no sentido de tragédia anunciada. Essas aeronaves [da VoePass] já não tinham mais condições de voar. Além dessa dor infinita, quase que insuportável, nós temos a revolta, a indignação. Queremos respostas”, desabafa.

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Parte das vítimas do acidente que acabou com 62 pessoas mortas

Montagem/Redes sociais

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Arianne Albuquerque Estevan Risso e Mariana Comiran Belim. As duas médicas trabalhavam em Cascavel como residentes de oncologia

Divulgação/Hospital Uopeccan de Cascavel

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O piloto Danilo Santos Romano

Reprodução

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Edilson Hobold, 52 anos, árbitro internacional (FIJA) de judô, está entre as vítimas da queda do avião da Voepass Linhas Aéreas, em Vinhedo (SP)

Reprodução/Redes Sociais

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Casal morreu em acidente aéreo na cidade de Vinhedo

Reprodução/Redes sociais

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Professor morto em acidente aéreo completaria 48 anos em dois dias

Reprodução/ Redes Sociais

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Humberto de Campos Alencar e Silva, o co-piloto do avião, e Rubia Silva de Lima, comissária de bordo

Reprodução

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Vítima registrou momento de embarque em avião que caiu em Vinhedo

Reprodução/ Redes Sociais

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Maria Auxiliadora era conhecida como Dora e trabalhou a vida toda na Apae de Guaratinguetá e José Cloves era fotógrafo

Reprodução/Redes Sociais

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Debora Soper Avila, de 29 anos, era comissária de avião da Voepass

Reprodução

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Ex-goleiro de futsal e esposa fisioterapeuta estavam entre as vítimas de acidente aéreo

Reprodução/ Redes Sociais

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A menina Liz Ibba dos Santos, de 4 anos, está entre as vítimas do acidente aéreo de Vinhedo. Ela estava acompanhada do pai, Rafael Fernando dos Santos

Reprodução/Redes Sociais

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Laiana morreu no acidente

Redes sociais

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Professora está entre as vítimas fatais de queda de avião em Vinhedo

Reprodução

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A farmacêutica Eliane Andrade Freire estava indo visitar a família

Reprodução/Redes Sociais

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Laiana Vasatta

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Morador de Jacareí, Copetti foi uma das 62 vítimas da queda de um avião em Vinhedo (SP). José Carlos deixa esposa e dois filhos

Reprodução/Arquivo Pessoal

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A cadelinha Luna

Reprodução/Facebook

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Constantino The Maia é a 62 vítima identificada

Rreprodução/Redes Sociais

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Rafael Fernando dos Santos e a filha Liz Ibba dos Santos

Reprodução/Arquivo Pessoal

Responsabilização da VoePass e denúncia contra Anac

Segundo Maria de Fátima, precisa haver responsabilização da VoePass. Apesar disso, ela afirma que o objetivo das famílias não é “destruir” ou “quebrar” a empresa, mas sim impedir que outros acidentes como esse aconteçam.

“Existe um crime muito grande, a olho nu. Nosso objetivo é fazer com que isso não aconteça mais, que essas aeronaves não continuem voando sem condições de voar. É preciso prevenir, evitar que outras famílias sofram o que estamos sofrendo”, explica.

Em resposta às acusações de mau estado de conservação das aeronaves, a VoePass disse que atua em “um setor altamente regulado” e que as operações da companhia seguem todos os protocolos da aviação internacional.

“Em hipótese nenhuma os aviões da empresa decolam sem estar em estrita conformidade com o que estipulam o fabricante do ATR e dos órgãos reguladores. Em relação à queda do voo 2283, a VoePass esclarece que o relatório preliminar divulgado pelo Cenipa confirma que a aeronave estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) válido e com todos os sistemas requeridos em funcionamento”, diz a empresa.

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Forças de segurança fecham a estrada para o local do acidente após a queda de um avião de passageiros da companhia aérea VoePass

Allison Sales/picture alliance via Getty Images

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Policiais e membros da equipe de resgate montam guarda no local do acidente Voepass

Eduardo Carmim/Getty Images

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o avião bimotor perdeu sinal pouco antes das 13h30

Eduardo Carmim/Getty Images

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Rapidamente, bombeiros e policiais se dirigiram ao local

Eduardo Carmim/Getty Images

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Carros da Polícia estacionados ao lado do local do acidente aéreo

Eduardo Carmim/Getty Images

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Policiais que interditaram ruas onde avião caiu

Allison Sales/picture alliance via Getty Images

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Retirada dos destroços do avião em Vinhedo (SP)

Metrópoles

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Retirada dos destroços do avião em Vinhedo (SP)

Metrópoles

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Retirada dos destroços do avião em Vinhedo (SP)

Metrópoles

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Destroços do avião que caiu em Vinhedo

Reprodução

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Avião PSVPB foi fabricado em 2010

Reprodução

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Avião ficou totalmente destruído

Reprodução/TV Globo

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Copiloto perguntou o que estava acontecendo antes da queda

Reprodução/TV Globo

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A queda durou 1 minuto

Reprodução/TV Globo

A presidente da associação questiona ainda o motivo de órgãos fiscalizadores permitirem que “aviões em péssimas condições” tenham autorização para voar.

“Denuncio diretamente à Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Eu gostaria de saber quem é que ‘caneta’, quem que dá autorização, se eles acompanham [as situações das aeronaves] de fato. Eles checam se a peça foi trocada, se a peça é original, ou se fizeram remendo, se tem gambiarra?”, questiona Fátima.

Procurada, a Anac afirmou que o gerenciamento da segurança na aviação civil é “uma atividade contínua”, realizada de forma constante pelos órgãos que compõem o sistema de aviação brasileiro.

“A fiscalização da aviação civil começa já no processo de normatização, seguindo padrões internacionais. As empresas aéreas são certificadas em um processo rigoroso, em que demonstram sua capacidade técnica em conduzir as operações com segurança, inclusive para avaliar as condições momentâneas, que envolvem a aeronavegabilidade da aeronave. Uma vez certificadas, as empresas são submetidas ao contínuo acompanhamento de suas atividades, um processo que chamamos de vigilância continuada”, explica o órgão.

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