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Colégio do Entorno fica entre as 5 melhores escolas públicas no país

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Com um dos melhores índices de educação básica do país, o Colégio Estadual Professora Aurelice Gomes da Fonseca ficou entre as cinco melhores escolas públicas do país no ensino médio pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2023. A escola fica no município de Formosa, Entorno do DF.

O Ideb avalia o desempenho dos alunos, utilizando a taxa de aprovação das escolas e os resultados em uma avaliação de matemática e português, o Saeb. A nota do colégio goiano foi 7,4 — os números foram divulgados no dia 14 de agosto.

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Colégio Estadual Professora Aurelice Gomes da Fonseca ficou entre as cinco melhores escolas públicas do país

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A escola fica no município de Formosa, em Goiás

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A nota do colégio goiano foi 7,4 pelo Ideb

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Atualmente, o colégio possui 106 alunos matriculados

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O trabalho da instituição começou a ser evidenciado durante a pandemia

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Mídias e meios tecnológicos foram adotados para estimular o interesse e o processo de ensino e aprendizagem dos alunos

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A coordenação da escola monitora a frequência dos estudantes diariamente

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Entre os diferenciais do colégio, está o Projeto Goiás Tec, programa do Governo de Goiás

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O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007

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O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar

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Atualmente, o Colégio Estadual Professora Aurelice Gomes da Fonseca tem 106 alunos matriculados. Para a gestora, Isabel Tharyne, 30 anos, o feito significa estar no caminho certo.

“Gratidão é o sentimento que transborda em meu coração neste momento. Porém, também aumenta nossa responsabilidade e compromisso de manter a qualidade”, conta.

A profissional explica que o trabalho da instituição começou a ser evidenciado ainda durante a pandemia. Ao tentar prevenir a evasão escolar, a escola se aproximou ainda mais dos alunos e das famílias.

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Gestora do colégio, Isabel Tharyne, 30 anos

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Equipe do Colégio Estadual Professora Aurelice Gomes da Fonseca

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Isabel e a corrdenadora da escola, Erica Vieira de Sousa, 37

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Elvis de Bonzzana, 18, e Bruno Ferreira, 19. Os dois pensaram em deixar os estudos

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Ambos se formaram em 2023 e não deixaram a escola por conta do acompanhamento pedagógico

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Bruno agora cursa Técnico de Agropecuária

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Elvis tentou largar a escola duas vezes

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Isabel ainda conta que mídias e meios tecnológicos foram adotados para estimular o interesse e o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. A escola conta com um laboratório fixo e outro móvel, que juntos somam 62 computadores. Além disso, cada estudante do 9° ano do ensino fundamental e de 1ª a 3ª série do ensino médio possui um Chromebook que leva para casa.

“Com aulas bem planejadas, quadros com mapas mentais, mapeamento das dificuldades individuais de cada aluno, todas as ações são voltadas para um processo de ensino de qualidade. Estamos colhendo os frutos e pretendemos continuar. Corrigir se for necessário, retomar para avançar e acolher sempre.”

Para a secretária de Educação de Goiás, Fátima Gavioli, o diferencial da escola é a parte pedagógica. “Eles são muito dedicados, a gestão é muito dedicada. E esse feito acaba incentivando toda a rede de educação.”

Frequência e evasão

Alunos faltarem é uma raridade no Colégio Estadual Professora Aurelice Gomes da Fonseca, segundo Isabel. A coordenação da escola monitora a frequência dos estudantes diariamente e sempre tenta contato com a família dos jovens ausentes.

Essa dinâmica foi o que manteve na escola Elvis de Bozzano, 18 anos, e Bruno Ferreira, 19, que pensaram em deixar os estudos. Os dois se formaram no ano passado e agora trabalham juntos em uma marcenaria.

“O pessoal da escola foi atrás de mim, conversou com minha família, para eu não desistir da escola. O pessoal ficou insistindo bastante”, conta Elvis, que pensou em largar a escola duas vezes.

A primeira foi em 2022, quando o jovem estava na 2ª série do ensino médio. Ele teve um filho aos 16 anos de idade e teve de começar a trabalhar para sustentar a criança. Foi o primeiro momento em que pensou em abandonar os estudos.

Pouco antes de se formar, em 2023, ele teve depressão e novamente quis parar de estudar. “O pessoal me aconselhou, falou comigo, conversou. Eles ficaram comigo, me apoiando em tudo. Por isso sou totalmente grato pela equipe toda.”

“Eu acho que se eles não tivessem dado essa atenção que eu merecia, eu acho que eu não teria terminado [os estudos]. Eu estava disposto a parar mesmo”, conta.

A história de Bruno não foi muito diferente. A equipe do colégio também teve de correr atrás do jovem, que também desanimou dos estudos algumas vezes. Agora, o jovem cursa Técnico de Agropecuária.

“Passei muitos problemas em casa, tanto em casa quanto no serviço, desde novo eu trabalho. Aí às vezes dá aquela recaída. Pensei em desistir várias vezes, não foi só uma ou duas. Mas as graças a deus eu peguei firme, continuei, e hoje trabalho e estudo. Faço faculdade e pretendo terminar.”

Goiás Tec

Para Isabel, o ponto forte da escola é o engajamento — profissionais engajados que não só realizam bem as tarefas, mas se sentem parte do processo. “Por meio de engajamento da equipe, entregamos um produto com mais qualidade.”

Entre os diferenciais do colégio, está o Projeto Goiás Tec – Ensino Médio ao Alcance de Todos, programa do Governo de Goiás utilizado pela instituição. Com o uso de ferramentas tecnológicas compostas por aulas ministradas em estúdio, alunos assistem ao conteúdo em sala, acompanhados de um professor mediador, que faz as intervenções e adequações necessárias.

Depois, há uma aula presencial focada em dúvidas e dificuldades dos alunos. Uma avaliação formativa também determina em o que o professor deve trabalhar mais com os estudantes. “A gente faz essa adequação para ficar melhor, um melhor entendimento, para os alunos receberem um pouquinho mais de conhecimento. E a facilidade de aprender, né?”, conta Isabel.

A gestora conta que, agora, o objetivo é continuar os trabalhos. “É algo que a gente está vendo que está dando certo. Melhorias sempre são necessárias, a gente vai sempre estar fazendo essa adequação.”

Ideb

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) foi criado em 2007 e reúne, em um só indicador, os resultados de dois conceitos igualmente importantes para a qualidade da educação: o fluxo escolar e as médias de desempenho nas avaliações.

O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb).

Confira as 20 melhores escolas públicas do país no ensino médio pelo Ideb

ESCOLA PREPARATÓRIA CADETES DO AR (Barbacena, MG), da rede federal – nota 7,8
ESCOLA FAMÍLIA AGRÍCOLA PADRE ELIÉSIO DOS SANTOS -EFA (Ipueiras, CE), da rede estadual — nota 7,5
ESCOLA DE APLICAÇÃO DO RECIFE (Recife, PE), da rede estadual — nota 7,5
COLÉGIO NAVAL (Angra dos Reis, RJ), da rede federal — nota 7,4
COLÉGIO ESTADUAL PROFESSORA AURELICE GOMES DA FONSECA (Formosa, GO), da rede estadual — nota 7,4
COLÉGIO TÉCNICO INDUSTRIAL PROF ISAAC PORTAL ROLDAN UNESP (Bauru, SP), da rede estadual — nota 7,3
COLEGIO TIRADENTES IJUI (Ijuí, RS), da rede estadual — nota 7,3
ESCOLA DE APLICAÇÃO PROFESSORA IVONITA ALVES GUERRA (Garanhuns, PE), da rede estadual — nota 7,1
ANEXO I DO COLÉGIO DA POLICIA MILITAR PETROLINA (Petrolina, PE), da rede estadual — nota 7,1
COLÉGIO ESTADUAL PEDRO LUDOVICO TEIXEIRA (São João d’Aliança, GO), da rede estadual — nota 7,1
CETI AUGUSTINHO BRANDÃO (Cocal dos Alves, PI), da rede estadual — nota 7,0
COLÉGIO MILITAR DE BELO HORIZONTE (Belo Horizonte, MG), da rede federal — nota 7,0
CENTRO DE ENSINO EM PERÍODO INTEGRAL FREDERICO BERNARDES RABELO (São João d’Aliança, GO), da rede estadual — nota 7,0
EEMTI LICEU DE ARARENDÁ JOSÉ WILSON VERAS MOURÃO (Ararendá, CE), da rede estadual — nota 6,9
EEEP MARIA EUDES BEZERRA VERAS (Novo Oriente, CE), da rede estadual — nota 6,9
9 DE JULHO (Taquaritinga, SP), da rede estadual — nota 6,9
COLÉGIO TIRADENTES PMMG – UNIDADE CURVELO (Curvelo, MG), da rede estadual — nota 6,8
POL MILITAR C CEL P M F S MIR EF M (Curitiba, PR), da rede estadual — nota 6,8
EEEP ADRIANO NOBRE (Itapajé, CE), da rede estadual — nota 6,7
EEEP PROFESSOR WALQUER CAVALCANTE MAIA (Russas, CE), da rede estadual — nota 6,7

O Ideb agrega ao enfoque pedagógico das avaliações em larga escala a possibilidade de resultados sintéticos, facilmente assimiláveis, e que permitem traçar metas de qualidade educacional para os sistemas. O índice varia de 0 a 10.

A combinação entre fluxo e aprendizagem tem o mérito de equilibrar as duas dimensões: se um sistema de ensino retiver seus alunos para obter resultados de melhor qualidade no Saeb, o fator fluxo será alterado, indicando a necessidade de melhoria do sistema.

Se, ao contrário, o sistema apressar a aprovação do aluno sem qualidade, o resultado das avaliações indicará igualmente a necessidade de melhoria do sistema.

O índice também é importante condutor de política pública em prol da qualidade da educação. É a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica, que tem estabelecido, como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos.

 

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