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Tarifas dos EUA contra a China somam 145%, esclarece Casa Branca

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A Casa Branca esclareceu nesta quinta-feira (10/4) que a tarifa definida pelos EUA contra produtos chineses chega a 145%, um valor superior ao anunciado pelo presidente americano Donald Trump nessa quarta-feira (9/4).

Segundo o gabinete de Trump, este valor inclui os 125% impostos como retaliação ao país asiático e outros 20% que já estavam em vigor desde janeiro como medida punitiva para supostamente conter o tráfico de fentanil.

As novas barreiras tarifárias aprofundam ainda mais a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Nessa quarta, Trump também decidiu reduzir para 10% as tarifas impostas aos demais países, valor que será aplicado por ao menos 90 dias. Segundo ele, “mais de 75 países” teriam convocado representantes dos Estados Unidos “para negociar uma solução” em relação ao tarifaço americano.

Para o Brasil, não deverá haver mudança, porque o país já estava entre os taxados em 10%.

O republicano disse ter esperança de que, “em um futuro próximo, a China perceba que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ou aceitáveis”.

Reação da China e da UE

O anúncio de Trump é uma retaliação às medidas anunciadas pela China nessa quarta, em resposta às barreiras tarifárias impostas por Washington. Pequim elevou a taxa de importação de produtos americanos a 84%. A medida chinesa entrou em vigor nesta quinta.

Pequim também impôs restrições de importação a 18 empresas americanas, principalmente em setores relacionados à defesa, ampliando a lista de outras 60 companhias já sancionadas na disputa.

O total de taxas sobre produtos chineses importados entrou em vigor nessa quarta, mesma data em que passaram a valer as tarifas adicionais contra cerca de 60 países e a União Europeia.

“A escalada das tarifas dos EUA sobre a China é um erro em cima de um erro, que infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China e prejudica seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras”, disse o Ministério das Finanças da China. O país já havia indicado que pretendia “lutar até o fim” para defender seus direitos comerciais.

Já a União Europeia (UE) anunciou nesta quinta a suspensão por 90 dias das tarifas retaliatórias impostas a importações dos EUA, enquanto negocia com o governo do presidente Donald Trump. A decisão ocorre após Washington recuar temporariamente na aplicação de tarifas gerais.

O anúncio vem um dia após o bloco ter concordado em taxar uma série de importações dos EUA em 25% em resposta às tarifas de aço e alumínio de anunciadas por Trump há um cerca de um mês. A Comissão Europeia ainda não apresentou uma resposta formal às tarifas recíprocas de 20% que Trump impôs contra a UE.

“Queremos dar uma chance às negociações”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Se as negociações não forem satisfatórias, nossas contramedidas entrarão em vigor.”

Bolsas disparam

A entrada em vigor do novo conjunto de tarifas impostas pelos EUA e o anúncio da sobretaxa contra a China voltou a derrubar ações em todo o mundo no início do dia.

Taiwan liderou as perdas na Ásia, com o índice Taiex caindo 5,9%. No Japão, a bolsa de valores de Tóquio encolheu 3,9% e o índice Topix, que agrega um número mais amplo de empresas domésticas, ficou 3,4% mais baixo.

As ações de tecnologia foram as mais prejudicadas no país. Empresas como SoftBank Group, Advantest e Tokyo Electron viram o valor de suas ações reduzirem entre 6 a 8%.

Em Seul, as ações caíram a 1,74%, atingindo a maior baixa em 18 meses. Os mercados australianos também se juntaram à liquidação global, com os papéis de energia e recursos naturais liderando as quedas. O principal índice de referência do país, S&P/ASX 200, caiu 1,8%, e a carteira mais ampla All Ordinaries fechou em queda similar de 1,85%.

Na Nova Zelândia, a derrocada foi menor, de 0,71%. No país, o banco central cortou sua taxa básica de juros e sinalizou que vai reduzir os custos de empréstimos para evitar uma desacelaração imediata da economia.

Os índices europeus também abriram em forte queda nessa quarta. No entanto, os mercados dispararam após o anúncio americano da pausa de tarifas por 90 dias para diversos países. O índice Nasdaq atingiu durante a tarde mais de 12%, na maior alta desde 2001; e o S&P 500, 9,5%, o maior ganho desde 2008. O Dow Jones subiu 7,9%, o melhor dia desde 2020.

No Brasil, o dólar apresentava tendência de queda. Após superar a barreira dos R$ 6 na maior parte do dia, a moeda caiu quase 3% e houve reação positiva no Ibovespa, que registrou forte alta de 3,12% no fim do pregão.

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Takamoto
Takamoto
Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.
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