- Publicidade -
spot_img
HomeMundoCentro-direita vence eleição parlamentar em Portugal, mas sem maioria

Centro-direita vence eleição parlamentar em Portugal, mas sem maioria

- Publicidade -

A Aliança Democrática (AD), do primeiro-ministro Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas deste domingo (18/5) em Portugal. Com 99,2% das urnas apuradas, a coligação de centro-direita conquistou cerca de 32% dos votos, o que deve garantir a permanência do atual chefe de governo no cargo.

Essa foi a terceira eleição realizada nos últimos três anos em Portugal para eleger os 230 deputados da Assembleia da República, o Parlamento do país.

Segundo a contagem, a AD vai garantir 86 assentos no Parlamento. No entanto, a quantidade está abaixo da marca de 116 para garantir uma maioria, o que deve levar à costura de alianças. Em comparação com o último pleito, em 2024, a AD deve garantir seis deputados extras.

Já o Partido Socialista (PS), de Pedro Nuno Santos, conquistou 23,4% dos votos. O partido de ultradireita Chega, do deputado André Ventura, por sua vez, ficou pouco atrás, com 22,6%.

A liderança de Montenegro já havia sido prevista em pesquisas na última semana, mas todas as sondagens também indicavam que não haveria clara maioria parlamentar para nenhum partido.

Para o PS o resultado marca uma derrota melancólica e o pior resultado desde 1987. O partido elegeu 58 deputados, menos do que os 78 da atual Legislatura.

O PS também por pouco não foi superado em porcentagem de votos pelos ultradireitistas do Chega, que cresceram neste domingo e empataram o número de deputados com os socialistas. O Chega também elegeu 58 deputados, contra 50 na última eleição.

Eleição antecipada

Diante da ameaça de uma comissão parlamentar de inquérito sobre as atividades de uma empresa de consultoria da sua família, Montenegro apresentou em março uma moção de confiança que não foi aprovada, o que levou à queda do governo e à realização desta eleição antecipada. Ele chegou ao poder em abril de 2024.

Analistas dizem que Montenegro, um jurista de 52 anos que liderava um governo minoritário, optou por se submeter novamente às urnas para garantir sua sobrevivência política e tentar fortalecer sua base parlamentar.

Durante a campanha eleitoral, Montenegro reafirmou sua rejeição em governar com o apoio da ultradireita do Chega. Analistas sugeriram que ele poderia tentar formar um governo com a ajuda do partido Iniciativa Liberal (IL).

No entanto, a contagem eleitoral deste domingo aponta que a IL deve elegeu apenas 9 deputados, o que somado com a AD ainda ficaria abaixo da marca de 116 deputados para formar maioria. O resultado deve levar Montenegro a ampliar o leque de alianças.

O presidente da República, o conservador Marcelo Rebelo de Sousa, já havia avisado antes do pleito que não nomearia um governo que não tenha chances de ter o apoio do Parlamento.

Imigração dominou a campanha

O estado da saúde pública, a crise habitacional, a corrupção e a imigração foram os temas centrais da campanha eleitoral.

A corrupção está na origem do pleito antecipado devido às suspeitas envolvendo a empresa Spinumviva, da família de Montenegro e que ele fundou em 2021, antes de entrar para a política.

Segundo relatos da imprensa, a empresa recebeu pagamentos de empresas onde o primeiro-ministro trabalhou no passado, como a operadora de cassinos Solverde, que atua sob concessão do Estado. A controvérsia levantou suspeitas de um possível conflito de interesses, e o Ministério Público português está investigando o caso.

E embora o combate à corrupção tenha alimentado a retórica anti-establishment do Chega, o próprio partido da ultradireita “tem deputados com problemas com a Justiça”, como destacou o jornal Público.

A ascensão do Chega na eleição de 2024, com um forte discurso anti-imigração, levou os principais partidos de Portugal a incluírem em seus programas medidas para limitar a chegada de estrangeiros.

Dados oficiais mostram que há cerca de 1,5 milhão de imigrantes no país, ou 15% da população e quase sete vezes mais do que há sete anos, levantando questões sobre a capacidade dos serviços públicos.

Apesar das diferenças sobre como controlá-la, os partidos concordam que a “imigração regulamentada” é necessária para limitar o número de estrangeiros que obtêm residência em Portugal.

O pleito em Portugal fez parte de um trio de eleições que ocorreu neste domingo na Europa. Eleitores também foram às urnas na Romênia e Polônia.

Leia mais na DW, parceira do Metrópoles.

- Publicidade -
Takamoto
Takamoto
Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.
- Publicidade -
Midias Sociais
35,000FansLike
419,000FollowersFollow
ÚLTIMAS NOTICIAS
- Publicidade -
Relacionadas
- Publicidade -