Hacker Delgatti Neto, considerado o líder do grupo, confessa à Polícia Federal ter sido responsável pela invasão dos celulares de Moro, Deltan e centenas de autoridades.
O Hacker Delgatti permitiu que a PF tivesse acesso a todos os seus arquivos armazenados em nuvem e confirmou aos investigadores que o material divulgado pelo Intercept é fruto do ataque cibernético.
Além de Walter Degatti Neto e Gustavo Henrique Elias Santos, foram presos pela Polícia Federal na operação de ontem: Suelen Priscila de Oliveira e Danilo Cristiano Marques.
Segundo o Hacker Delgatti, houve casos apenas de invasões a celulares, outros de roubo de dados e ainda de sequestro da linha para simular conversas com terceiros.
Humberto Costa, líder do PT no Senado, resolveu zombar da operação da Polícia Federal para prender acusados de hackear o celular de Sergio Moro.
“Ué, gente? Mas as conversas não estavam adulteradas e, mesmo se fossem verdadeiras, não traziam nada de mais? Por que essa operação?”, escreveu o senador no Twitter.
Jean Wyllys, lunático, chama operação caça aos hackers da PF de “tosca” e “farsante”
Para ele, a operação Spoofing da polícia federal, foi usada para criar uma cortina de fumaça nos crimes que Moro cometeu.
O deputado Paulo Pimenta, líder do PT na Câmara, passou as últimas semanas atacando Sergio Moro e a Lava Jato em razão das mensagens roubadas.
Perguntado sobre a prisão dos acusados: “Estou observando. Espero que agora as autoridades achem o Queiroz, expliquem os depósitos dele nas contas dos familiares do Bolsonaro e achem o mandante do assassinato da Marielle.”
Senador Telmário Mota (Pros), não levou muito a sério a prisão de acusados de invadir celulares de Sergio Moro e outra autoridades.
“Espero que não seja uma prisão de coação, de intimidação, uma prisão que tenha um objetivo político. As instituições não podem ser usadas nesse sentido”
Hacker Delgatti queria vender mensagens para o PT, diz advogado de outro suspeito
O principal suspeito de comandar o esquema de invasão de celulares, Hacker Delgatti, queria vender as mensagens para o PT, disse em depoimento hoje seu amigo e também suspeito Gustavo Henrique Elias Santos, segundo o advogado Ariovaldo Moreira.
Hacker Delgatti, que confessou ter hackeado o celular de Sergio Moro, tem problemas psiquiátricos, disse hoje seu advogado recém-constituído, Luiz Gustavo Delgado.
Acusado foi preso quando acessava conta em nome de Guedes, diz PF
Hacker Delgatti, o ‘Vermelho’ principal alvo da Operação Spoofing, foi preso enquanto acessava uma conta no Telegram em nome de Paulo Guedes.
O perito Luiz Spricigo Júnior, diretor do Instituto Nacional de Criminalista, afirmou há pouco que os quatro presos suspeitos de hackear o celular de Sergio Moro e outras autoridades tinham “vários graus de participação e envolvimento no crime”.
“O perfil dessas pessoas é relacionado a estelionato bancário eletrônico. Internet banking, fraudes em cartão de crédito e débito. Foi localizado quase R$ 100 mil na casa de um deles”.
Os veículos que colaboraram na divulgação das mensagens roubadas de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outras autoridades devem repetir, para justificar-se, que o conteúdo era de “interesse público”.
Não era. Ao contrário do que fazem crer os hermeneutas da sem-vergonhice, não há uma única mensagem que aponte fraudes na investigação e nas provas obtidas pela Lava Jato contra Lula ou qualquer outro réu na operação.
No afã de vilipendiar os mocinhos e vitimizar o bandido, os colaboracionistas nem tentaram contextualizar integralmente os diálogos publicados, porque a contextualização enfraqueceria a tese do “interesse público” no conteúdo.
A Polícia Federal verificou que dois clientes da BRVOZ — empresa cuja tecnologia permite ao usuário copiar o número de outro celular — realizaram 5.616 ligações em que o número de origem era igual ao número de destino.
Foi esse o artifício que permitiu a o acesso às contas de Telegram de Sergio Moro e do desembargador Abel Gomes (do TRF-2), do juiz federal Flávio Lucas (da 18ª Vara Federal do Rio) e dos delegados da PF Rafael Fernandes e Flávio Vieitez Reis (ambos de São Paulo).
O golpe usado pelos hackers para tentar roubar as mensagens de Sergio Moro, conhecido como SIM-Swap:
“Trata-se do registro de uma conta no Telegram usando o mesmo número do telefone da vítima, que permite a clonagem do número do celular.
Passando-se pelo proprietário do aparelho, o hacker solicita a transferência do número do chip para outro que está em sua posse. Para criar uma conta em aplicativos como Telegram e WhatsApp é preciso apenas obter o código de verificação que é enviado via SMS para o número da vítima.”
Coaf mapeou R$ 630 mil em transações suspeitas de investigados por ataque hacker
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras, o Coaf, mapeou 424 mil reais em transações suspeitas na conta Gustavo Henrique Elias Santos, um dos presos na operação Spoofing.
A mulher de Gustavo, Suelen Oliveira, também registrou transações atípicas no valor de 203 mil reais, entre março e maio deste ano.
A Polícia Federal informou a cronologia da investigação que culminou na prisão de quatro suspeitos de hackear o celular de Sergio Moro e outras autoridades.
Abril de 2019: procuradores da Lava Jato relataram receber ligações do próprio número no celular.
Junho de 2019: Ocorre situação semelhante no celular de Sergio Moro, delegados federais e desembargadores.
Perícia analisa os dispositivos e identifica o padrão.
Dez dias depois, operadoras de telefonia fornecem os dados da conexão dos supostos hackers.
Julho: PF, com posse dos IPs dos computadores que acessaram o Telegram das autoridades, realiza primeiras diligências para identificar os quatro supostos criminosos.
Ontem: PF realiza a Operação Spoofing, com sete mandados de busca e apreensão e quatro de prisão contra os suspeitos.