SOCIALISMO – Quando da “revolução bolivariana”, Hugo Chávez definiu a frase em espanhol como “jargão revolucionário”. No Brasil, fomenta-se a discussão “acirrada” quanto ao nazi-fascismo constituir a extrema-direita, enquanto o comunismo utópico-teórico “marxiano”, e não sua vertente empírica marxista-leninista (já que deu ruim!), constituir a extrema-esquerda.
A Venezuela não vive esse “dilema” teórico! Seu dilema é existencial! Assim, já sabe que tudo dá no mesmo do mesmo: autoritarismo! “Antigamente”, quando se considerava tão somente as liberdades individuais (fator logicamente preponderante no aspecto político), a classificação era exatamente essa: regimes autoritários (socialismo, nazismo, fascismo e comunismo) à esquerda; regimes democráticos à direita.
Seria evidente que o caminho é um só: de máxima liberdade à máxima repressão! Mas também é evidente que, após a queda do muro (que ainda não foi assimilada por aqui), a esquerdopatia acadêmica brasileira haveria de cumprir o seu papel histórico: cegar a razão e matar os conceitos!
Baseados na tese do “materialismo histórico”, trataram de embutir, por meio de uma colonoscopia cognitiva, a perspectiva econômica na dialética diarrética do discurso verborrágico!
A episteme-ideológica é pródiga quanto à formulação dos tais “conceitos essencialmente contestados”! A consequência é que ainda estamos em 1917! Mas agora, a expiação venezuelana vem exatamente a nosso favor!
Com todo o apoio dado ao regime chavista pela nossa esquerda caviar dadivosa, podemos contar com o velho dito popular: contra fatos não há argumentos! Precisamos apresentar fatos. Vamos à eles! A Polícia Nacional Bolivariana (PNB) é a força policial nacional da Venezuela, criada em 2009, já no terceiro mandato de Chávez.
Nessa época, o salário dos oficiais era três vezes maior do que o das forças policiais existentes. Em julho de 2010, a PNB tinha cerca de 2.400 integrantes, operando de forma ostensiva ou velada. Agora, comporta um efetivo estimado em 20.000 integrantes. A criação de uma força policial nacional não era originalmente popular junto à sociedade e instituições democráticas da Venezuela.
Segundo o discurso bolivariano do “poder popular”, a intenção seria criar uma força capaz de fazer respeitar os direitos humanos de uma maneira que as polícias venezuelanas, então muito fragmentadas e sem recursos, não faziam. A ONG Viva Rio foi para lá, ajudar a desarmar a população!
Não foi sem motivo que a PNB passou a atuar segundo padrão soviético-cubano, com “conselhos comunitários locais”, onde os chavistas denunciam toda e qualquer atividade julgada (pelos próprios!) contrária ao projeto de poder de seu partido, quando não a interesses pessoais próprios, ou de correligionários.
Estive na Venezuela em 2013 e 2014. Todos não ligados ao chavismo temem a PNB. Além de ter se transformado em uma polícia política, nos moldes da Gestapo e KGB, a PNB passou a ser o braço armado do chavismo, nos moldes da SS. A mídia brasileira deveria estar mostrando aos “incautos” esquerdopatas “paz e amor” o verdadeiro nazi-fascismo e suas semelhanças com o comunismo, já que possuem a mesma carga virótica: o socialismo!
Com a “pátria destroçada” e o “socialismo cambaleante”, já não estou mais tão somente esperando o ditador cair de Maduro! Estou contando os dias para que ele atenda ao chamado do que lhe restará do jargão revolucionário: la muerte!
- Fernando Amaro