Antonio Palocci, se não houvesse sido impedido de falar na CPI do BNDES, teria revelado que a conta no exterior na qual Joesley Batista depositou propina pertencia ao PT.
Segundo O Globo, ele teria revelado também “os nomes de outros empresários que deram propina ao partido por meio da mesma conta. Esses executivos não tinham ligação com Joesley e suas empresas”.
Se isso se confirmar, é a maior bomba contra o PT desde a prisão de Lula.
A Procuradoria Geral da República esclareceu, por meio de sua assessoria, que não recomendou que Antonio Palocci se calasse na CPI do BNDES hoje.
Mais cedo, o relator da CPI, Altineu Côrtes, disse que o ex-ministro ficou em silêncio na sessão por causa de um parecer apresentado hoje pela PGR ao STF sobre a participação do ex-ministro na comissão.
Mas a comissão ainda quer saber tudo sobre os empréstimos da era PT.
Pedido da CPI do BNDES para acessar delação de Palocci cita aportes na JBS
No pedido para obter a delação de Antonio Palocci, o relator da CPI do BNDES, Altineu Côrtes, cita uma denúncia na qual o ex-ministro é acusado de receber R$ 2,5 milhões para pressionar o banco a investir na JBS em 2008.
Na época, Palocci era deputado e teria sido contratado como consultor pela companhia para ajudar na compra de empresas internacionais.
Foram denunciados com ele Guido Mantega, na época ministro da Fazenda; Luciano Coutinho, então presidente do BNDES; o dono da JBS Joesley Batista; e mais 8 pessoas.
A denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal em março, cobra dos acusados o pagamento de R$ 5,5 bilhões aos cofres públicos, sendo R$ 1,86 bi pelo prejuízo ao banco.