Durante evento da FGV, o presidente da comissão especial da reforma da Previdência, Marcelo Ramos, disse o que é certo: não faz o menor sentido servidor público ter aposentadoria especial.
“Não é possível que o servidor no auge da maturidade vá se aposentar. Se ele se aposentar com 48 anos ele vai parar de trabalhar? Não vai. Ele vai pra outro lugar. Aposentadoria não é complementação de renda, é renda mínima para quem perdeu a capacidade de trabalhar.”
O ódio de Paulinho não é a reforma da Previdência
A polêmica declaração de Paulinho da Força contra a reforma da Previdência – que, segundo ele, pode reeleger Jair Bolsonaro – tem como pano de fundo a MP 873, que frustrou os planos de “retorno do imposto sindical”.
Desde a aprovação da Reforma Trabalhista, que proibiu a contribuição obrigatória, Paulinho tenta desesperadamente resgatar o financiamento dos sindicatos.
A solução chegou com a ideia de universalizar a cobrança da “contribuição assistencial”, decorrente de convenções coletivas e antes restrita a filiados.
Mas, ao editar a MP 873, Bolsonaro bloqueou novamente o acesso de Paulinho da Força (e de outras lideranças sindicais) ao bolso do trabalhador. O deputado calculava recuperar em 2019 todas as perdas que teve em 2018.
Esse é o real motivo da revolta do deputado contra o presidente.