Na audiência de que está participando na comissão especial da Câmara, Paulo Guedes também criticou o que chamou de “padrão” dos deputados presentes.
“Depois das 18h, a baixaria começa, né? É o padrão da Casa, ofensa. Já entendi o padrão”, comentou o ministro da Economia. Os oposicionistas responderam com uma vaia.
No primeiro momento de tensão durante a audiência pública sobre a reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, provocou a oposição ao dizer que, ao aprovar a proposta, o Brasil irá para um caminho de prosperidade, e, não, para a mesma rota trilhada pela Venezuela.
Guedes havia sido questionado pela deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) sobre o corte de recursos nas universidades, sobre o nível de desemprego e também sobre o ritmo lento da economia brasileira.
“Quem fica 16 anos no poder não tem o direito de virar agora, com quatro ou cinco meses, e dizer que há milhões e desempregados, falta de crescimento”, rebateu o ministro. Ele citou ainda os rombos na Petrobras, nos Correios e nos fundos de pensão dessas estatais. “Quebraram mesmo muita coisa”, exclamou.
Guedes perde a paciência e cita ‘dinheiro na cueca’ de petista
Paulo Guedes acaba de perder, de novo, a paciência com os deputados da oposição que o atacam na comissão especial da Câmara sobre a reforma da Previdência.
Ele acabou de responder ao petista José Guimarães: “Se eu googlar ‘dinheiro na cueca’, não é o meu nome que vai aparecer”.
A resposta veio acompanhada da indireta aos parlamentares cujos partidos apoiam o regime atual da Venezuela.
Antes de o clima esquentar no plenário, Guedes afirmou que o contingenciamento nos recursos do governo ocorre justamente porque o governo está sem capacidade fiscal de gasto. Ele defendeu que, com a reforma, o governo pretende rever a trajetória futura das despesas. “Estamos recalibrando privilégios lá para frente para não gastar esse R$ 1 trilhão (economia pretendida com a reforma) e poder atender a outras finalidades”, disse.
“O recursos virão. Como o próprio Chile está fazendo agora, tributando as empresas, basta aumentar um pouquinho os impostos e pode garantir aposentadorias maiores. Hoje nós (Brasil) não conseguimos garantir nem as menores”, disse o ministro.
Ele lembrou ainda que os mais pobres contribuem menos e já se aposentam mais tarde. “Não terão nenhum custo adicional (com a reforma)”, afirmou.