Após a promessa, ainda durante a campanha, de que acabaria com a guerra entre Rússia e Ucrânia “em menos de 24 horas”, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça abandonar as negociações por um acordo de paz. Por meio de seu secretário de Estado, Marco Rubio, Trump deu um ultimato para que um acordo entre Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky avance.
“Precisamos determinar muito rapidamente, e estou falando de uma questão de dias, se é ou não possível [um acordo de paz]”, disse Rubio a jornalistas na quinta (17/4) em Paris, onde se reúne com autoridades da Ucrânia e de outros países europeus para tratar do tema. “Se for, estamos dentro. Se não, então temos outras prioridades para focar também”, seguiu o auxiliar de Trump.
O presidente dos EUA se concentrou em buscar a paz na região, mas acabou se desentendendo com Zelensky numa briga pública na Casa Branca, em fevereiro, e também criticou Putin, no mês seguinte, porque o russo não estaria avançando com as negociações com a velocidade esperada.
A solução de Trump para a paz não tem sido aceita pela Ucrânia porque impõe ao país invadido a perda de territórios e ainda um acordo para ceder aos EUA direitos sobre minerais do país. Já a Rússia não se opôs oficialmente ao plano, mas tem ganhado tempo e tentado conquistar ainda mais territórios na Ucrânia com mais ataques.
Com as dificuldades nas negociações de paz na Ucrânia, o foco do governo federal americano tem se direcionado cada vez mais para as negociações envolvendo tarifas de importação, que culminou numa guerra comercial do país contra a China.