O papa Leão XIV e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, conversaram por telefone, revelou o Vaticano, nesta segunda-feira (12/5). A ligação ocorreu após o apelo do papa pela paz no país durante a tradicional oração Regina Caeli (Rainha do Céu), em homenagem à Virgem Maria, nesse domingo (11/5).
O presidente ucraniano escreveu sobre a conversa na rede social X. De acordo com ele, o diálogo foi caloroso e “verdadeiramente substancial”.
Entre os assuntos abordados na ligação estão, segundo Zelensky, a deportação de crianças ucranianas pela Rússia — sobre a qual Zelensky disse contar com a ajuda do Vaticano “para trazê-las de volta às suas famílias” — e o cessar-fogo.
“Informei o papa sobre o acordo entre a Ucrânia e nossos parceiros de que, a partir de hoje, um cessar-fogo total e incondicional por pelo menos 30 dias deve ser iniciado. Também reafirmei a prontidão da Ucrânia para novas negociações em qualquer formato, incluindo conversas diretas — uma posição que temos enfatizado repetidamente. A Ucrânia quer pôr fim a esta guerra, e está fazendo tudo para isso. Agora, aguardamos medidas semelhantes da Rússia”, escreveu o presidente.
Zelensky aproveitou a ligação para agradecer as palavra do papa em “apoio à Ucrânia e a todo o nosso povo”. Ele convidou o pontífice para uma visita apostólica à Ucrânia. “Concordamos em manter contato e planejar uma reunião presencial em um futuro próximo”, finalizou.
A conversa por telefone com o presidente ucraniano foi uma das primeiras do novo papa, eleito na quinta-feira (8/5).
Apelo por paz no mundo
O recém-empossado papa Leão XIV teve o primeiro compromisso voltado aos fiéis da Igreja Católica, nesse domingo (11/5), quando retornou à sacada da Basílica de São Pedro, no Vaticano, para fazer a tradicional oração Regina Caeli (Rainha do Céu), em homenagem à Virgem Maria.
Durante seu discurso após a oração pascal do meio-dia, ele disse: “Levo em meu coração o sofrimento do amado povo ucraniano”, instando que “todos os esforços sejam feitos para alcançar uma paz verdadeira, justa e duradoura o mais rápido possível”.
“Que todos os prisioneiros sejam libertados e que as crianças sejam devolvidas às suas famílias”, disse ele.
Na ocasião o papa também lembrou o fim da Segunda Guerra Mundial, que em 8 de maio completou 80 anos. Em seguida, ele apelou para que nunca mais haja guerra, fazendo apelos específicos pela Ucrânia, Gaza e pela fronteira entre a Índia e o Paquistão.
