O homem é um ser que supera seus limites, é noético, imagem e semelhança do seu Criador. Negar a religião em si faz de um materialista fechado para experiência da religião, mas ele não exclui o algo que poderia ser aberto, já que que admite que está fechado.
Existe no coração do homem um sentido religioso que é distorcido por sua condição de imperfeição, ele necessita do divino, ele busca este algo que não pode ser alcançado por suas mãos, e por não entender seu estado de cegueira e imperfeição, passa a adorar a si mesmo, a ciência, as ideias, pessoas ou um sistema político-científico.
Santo agostinho que viu ruir o império romano sabia muito bem como os seres humanos são propensos a reduzir seu estado verdadeiro para explicar em si, a partir de suas conclusões objetivas o que seria esta busca pelo transcendental, veja: ”O pecado assegura que todas as coisas deste mundo são nascidas para morrer, ambos os imperadores e os impérios.
O nosso anseio por Deus, nosso desejo de uma paz duradora,a nossa busca por ordem política que finalmente e permanentemente represente e preencha a humanidade, só pode ser realizado, a Cidade de Deus”.
A história do homem em seu estado de queda é ascensão e queda, fluxo e refluxo, neste plano não é possível para o homem realizar com suas próprias mãos um mundo perfeito sendo este mundo profano, ofensivo, caótico a beleza da Glória de Deus.
Novamente Eric Voegelin está correto quando afirma que ”só a história transcendental, a peregrinação terrena dos cristãos, se dirige para o cumprimento escatológico de novos céus e uma nova terra.
O marxismo científico não somente nega a Deus, mas a própria humanidade. O homem é uma máquina pronto a realizar uma função, sendo descartado ”naturalmente” quando não tem mais utilidade.
A história o obriga a ser, e é pelas leis da história que se lê a ”função real” do homem.
Eis o motivo de tantas barbaridades cometidas pelo marxismo no século XX e XXI.
Heuring Motta