A Folha de S. Paulo, em editorial, reconheceu que as supostas mensagens roubadas à Lava Jato (e que a própria Folha de S. Paulo está publicando) podem ser falsas e criminosas, e que não valem como prova.
O editorial diz também:
“Considere-se ainda que o ex-presidente foi condenado por corrupção em três instâncias judiciais, que na essência só divergiram no tamanho das penas aplicadas (…).
Sopesando esses aspectos, a Segunda Turma do STF optou por manter Lula preso pela ausência de prova mais contundente a seu favor.”
A Folha de S. Paulo, no mesmo editorial em que reconhece que “as conversas até aqui divulgadas não mostraram, de modo inquestionável, condutas ilícitas de Moro ou dos procuradores”, reconhece também que “ainda não se atestou a autenticidade das mensagens, que de resto talvez tenham sido obtidas de forma criminosa”.
Isso inclui também as mensagens publicadas pelo site pirata, claro.
E mais:
É uma cambalhota espetacular para um jornal que, no último domingo, associou-se a um site pirata e violou as fontes de seus próprios repórteres para corroborar as mensagens obtidas criminosamente.
Que depois de tanta balbúrdia, encolheu o escândalo das mensagens roubadas à Lava Jato e repassadas à própria Folha de S. Paulo.
O escândalo das mensagens roubadas encolheu também na TV.
Fernando Sarubo, do site Teleguiado, analisou os números do Ibope:
“É evidente que a trupe do The Intercept está, a todo custo, tentando levar para o mainstream essa história. E é igualmente evidente que o mainstream não está interessado na trupe do The Intercept.
Após a derrota na Segunda Turma do STF, petistas e integrantes da oposição apostam no julgamento da suspeição de Sergio Moro para libertar Lula.
Para Orlando Silva, do PC do B, as “novas denúncias” do site de Glenn Greenwald “criarão outro ambiente” quando o mérito do caso for analisado pelo Supremo.