O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) endossou, nesta terça-feira (13/5), a posição do Brasil em indicar, em conjunto com países da América Latina e Caribe, uma mulher para o comando da Secretaria-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Em quase 80 anos de existência, o órgão nunca foi chefiado por uma mulher.
A iniciativa foi discutida durante a última reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras, mas ainda não há consenso sobre o nome a ser indicado. Em visita à China, o presidente Lula voltou a falar sobre o tema.
“A América Latina e o Caribe podem contribuir elegendo a primeira mulher Secretária-Geral da ONU e honrando, assim, o legado da Conferência de Pequim sobre os direitos das mulheres”, disse Lula, durante pronunciamento no IV Fórum Celac-China.
O mandato do atual secretário-geral da ONU, António Guterres, encerra no próximo ano. Entre os nomes apontados para sucedê-lo está o da ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, e da primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.
Reforma da ONU
Em visita de Estado à China, Lula voltou a defender uma reforma na estrutura das Nações Unidas de modo a torná-la “mais democrática, representativa, eficaz e eficiente”. O tema consta em uma declaração conjunta firmada entre os países.
“As duas partes apoiam a reforma da ONU, incluindo de seu Conselho de Segurança, com o objetivo de torná-lo mais democrático, representativo, eficaz e eficiente, e aumentar a representação de países em desenvolvimento no Conselho, para que possa responder adequadamente aos desafios globais prevalecentes”, diz o documento.