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Papa Francisco deixou mensagem sobre o amor para jovens casais. Veja

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Antes de morrer, o papa Francisco deixou uma mensagem para os jovens casais, e pediu que eles nunca deixem de acreditar na “alegria do amor”. O conselho do ex-pontífice da Igreja Católica consta no prefácio de um livro ainda não lançado.

De acordo com trechos divulgados pelo Vaticano, Francisco compara o amor vivido no início de relacionamentos a um tango, dança tradicional do país que nasceu, a Argentina. Um “maravilhoso jogo livre entre homem e mulher”, nas palavras do papa. Um ato onde duas pessoas “se cortejam, vivem a proximidade e a distância, a sensualidade, a atenção, a disciplina e a dignidade”.

Apesar da visão, o papa Francisco assumiu que muitos casais atuais acabam fracassando após anos. “Não seria melhor, então, evitar a dor, tocar-se apenas como numa dança passageira, aproveitar um ao outro, brincar junto e depois se separar?”, questionou o ex-pontífice.

Ainda assim, Francisco pediu que os jovens não acreditem na visão do passageiro, pois todo ser humano possui o “desejo de ser acolhido sem reservas”. “Acreditem no amor, acreditem em Deus, e acreditem que podem enfrentar a aventura de um amor para a vida inteira”, escreveu o papa.

O texto faz parte do livro “Youcat. Amor para sempre”, que será lançado pela Fundação Youcat. A editora, voltada para jovens católicos, disponibiliza publicações em mais de 70 idiomas. A obra em alemão já está disponível para pré-venda.

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O Cardeal Giovanni Battista Re celebra a missa durante funeral do papa Francisco na Praça de São Pedro

Cardeais no funeral do papa Francisco
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Fiéis acendem velas ao lado da imagem do Papa Francisco em frente à Catedral de Buenos Aires

Tomas Cuesta/Getty Images

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O Cardeal Giovanni Battista Re celebra a missa durante funeral do papa Francisco na Praça de São Pedro

Franco Origlia/Getty Images

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Cardeais no funeral do papa Francisco

Mauro Ujetto/NurPhoto via Getty Images

Confira a íntegra da mensagem do papa:

“Queridos amigos,

Na minha pátria, a Argentina, há uma dança que amo muito, uma na qual participei com frequência quando era jovem: o tango.

O tango é um maravilhoso jogo livre entre homem e mulher, cheio de encanto e atração erótica. Os dançarinos se cortejam e experimentam a proximidade e a distância, a sensualidade, a atenção, a disciplina e a dignidade.

Alegram-se no amor e compreendem o que pode significar entregar-se completamente a alguém. Talvez por causa da lembrança distante dessa dança eu tenha chamado minha grande exortação apostólica sobre o matrimônio de Amoris Laetitia – a alegria do amor.

Sempre me comove ver jovens que se amam e têm a coragem de transformar esse amor em algo grandioso: “Quero te amar até que a morte nos separe.” Que promessa extraordinária!

É claro que não sou cego – e você também não. Quantos casamentos hoje fracassam depois de três, cinco, sete anos? Talvez seus pais também tenham iniciado o sacramento do matrimônio com essa mesma coragem, mas não conseguiram levar seu amor à plenitude.

Não seria melhor então evitar a dor, tocar o outro apenas como numa dança passageira, desfrutar um do outro, brincar juntos e depois partir?

Não acredite nisso! Acredite no amor, acredite em Deus e acredite que você é capaz de se lançar na aventura de um amor que dure a vida inteira.

O amor quer ser duradouro; “até segunda ordem” não é amor. Nós, seres humanos, temos o desejo de ser aceitos sem reservas, e quem não vive essa experiência muitas vezes carrega, sem saber, uma ferida pelo resto da vida. Ao contrário, aqueles que entram numa união não perdem nada – ganham tudo: ganham a vida em sua plenitude.

A Sagrada Escritura é muito clara: “Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne” (Gênesis 2,24). Uma só carne! Jesus leva isso à sua plenitude: “De modo que já não são dois, mas uma só carne” (Marcos 10,8). Um só corpo. Uma só morada. Uma só vida. Uma só família. Um só amor.

Com o objetivo de ajudá-los a construir uma base sólida para sua relação, fundamentada no amor fiel de Deus, eu fiz um apelo a toda a Igreja para que faça muito mais por vocês. Não podemos continuar como antes: muitos só veem o belo ritual – e depois, passados alguns anos, se separam.

A fé é destruída. Feridas se abrem. Frequentemente há filhos que ficam sem pai ou sem mãe. Para mim, isso é como dançar mal o tango. O tango é uma dança que se aprende. Isso é ainda mais verdadeiro quando se trata de matrimônio e família.

Antes de receber o sacramento do matrimônio, é necessária uma preparação adequada. Um catecumenato, eu me atreveria a dizer, porque toda a vida transcorre no amor – e o amor não é algo que se deva tomar de forma leviana.
Talvez a palavra catecumenato não signifique nada para você. Na Igreja primitiva, quem quisesse tornar-se cristão precisava passar por aquilo que se chamava um catecumenato, um caminho de aprendizado e confirmação pessoal que frequentemente durava vários anos.

Sempre sonhei com uma formação semelhante para o sacramento do matrimônio: isso poderia salvar vocês da decepção, de casamentos inválidos ou instáveis.

Fiquei muito emocionado ao ver que o YOUCAT acolheu minha sugestão! Quando ouvi falar pela primeira vez desse projeto, há anos, e soube que jovens católicos de 30 países estavam participando, pedi à equipe que lesse Amoris Laetitia e a traduzisse para uma linguagem jovem.

Agora vejo que eles conseguiram! Este livro é um companheiro ideal no caminho rumo ao sacramento do matrimônio. Fala da alegria do amor de maneira atraente e positiva, mas sem ignorar os obstáculos no caminho para uma vida compartilhada com sucesso.

Considere este livro como leitura básica para qualquer tipo de preparação para o matrimônio que mereça o nome de catecumenato matrimonial. Participe, sem dúvida, dos cursos de preparação para o matrimônio! Quanto mais exigentes forem, melhor.

Leiam este livro juntos, como casal, ou com outros casais amigos. Como escrevi em Amoris Laetitia: “No amor jovem, a dança, passo a passo – uma dança em direção à esperança, com olhos cheios de assombro – não deve parar.

De coração”

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Takamoto
Takamoto
Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.
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