Como mostrou o Metrópoles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, irão ao Vaticano acompanhar o funeral do papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21/4). De acordo com o Planalto, porém, o restante da comitiva só deve ser anunciada nesta terça-feira (22/4).
Lula foi aconselhado a convidar à viagem outras lideranças políticas brasileiras, como o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A ida ao Vaticano, porém, ainda não tem data confirmada, e depende do protocolo da Igreja Católica. O velório começa nesta quarta-feira (23/4) e deve durar cerca de nove dias, reunindo também outros chefes de Estado, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Logo após a morte de Francisco, Lula confidenciou a interlocutores sua vontade de viajar ao Vaticano para prestigiar o papa, dada a sua boa relação com líder religioso. Em 2019, Lula recebeu uma carta do católico, quando estava preso e enfrentava o luto pelas mortes de três pessoas próximas: da mulher Marisa Letícia; do irmão Genivaldo Inácio da Silva; e também do neto de 7 anos, Arthur Araújo Lula da Silva.
“Tendo presente as duras provas que o senhor ultimamente, especialmente a perda de alguns entes queridos – sua esposa Marisa Letícia, seu irmão Genival Inácio e, mais recentemente, seu neto Arthur de somente 7 anos -, quero lhe manifestar minha proximidade espiritual e lhe encorajar pedindo para não desanimar e continuar confiando em Deus”, dizia um trecho da mensagem.
Um fator de atenção para o Planalto com relação à viagem ao Vaticano é a agenda de Lula. Nesta terça (21/4), ele recebe o presidente do Chile, Gabriel Boric. Para a quarta, o presidente planejava um encontro com os líderes da Câmara, nos moldes da sua reunião informal com os líderes do Senado. O mandatário deu início a uma operação para melhorar sua relação com o Congresso, e isso inclui um esforço para dialogar mais, e pessoalmente, com parlamentares.
Em 2005, o petista foi ao Vaticano acompanhar o funeral do papa João Paulo 2º, junto com outros chefes de Estado. Agora, aliados do presidente Lula sugeriram uma comitiva brasileira também com representantes do Legislativo. Querem uma nova viagem do presidente da República com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB); e também do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
No Brasil, o presidente Lula decretou luto oficial de sete dias por causa da morte de Francisco. Ao fazê-lo, disse que Francisco “criticou vigorosamente os modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças. Mostrou que esse mesmo modelo é que gera desigualdade entre países e pessoas. E sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e preconceitos”.
