A carta de Léo Pinheiro à Folha de S. Paulo é uma prova lícita, contrariamente às mensagens roubadas que o jornal passou a publicar.
Da cadeia, ele desmontou todas as mentiras contadas pela defesa de Lula.
Provas reais contra Lula desmontam sua defesa. O triplex foi descontado da propina que a OAS repassou ao PT, pelos contratos da Petrobras.
E as provas desse fato, como ele admite, não são apenas testemunhais. A Lava Jato apresentou centenas de documentos que comprovam os crimes de Lula.
A Segunda Turma do STF vai julgar em agosto se as mensagens roubadas a Sergio Moro devem inocentar o chefe da ORCRIM. A carta de Léo Pinheiro mostra claramente que isso faz parte de um golpe criminoso.
Leia, Celso de Mello, leia.
Léo Pinheiro continua preso porque Raquel Dodge não tirou o seu caso da gaveta.
Para o ex-mandachuva da OAS, seria bom que a condenação de Lula fosse anulada e ele, considerado coagido pela Lava Jato. Sairia rapidamente da prisão.
Mas a sua carta à Folha de S. Paulo mostra que Léo Pinheiro prefere o caminho da verdade.
“O ex-executivo da construtora OAS afirmou em carta enviada ao jornal que não mentiu em sua delação premiada e nem foi coagido pelos procuradores da operação Lava Jato a incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
A Folha de S. Paulo usou as mensagens roubadas à Lava Jato para demonstrar que Léo Pinheiro foi coagido a confessar o pagamento de propinas a Lula.
Mas a verdade é uma só: a OAS pagou 80 milhões de reais em propinas ao PT por seus contratos na Petrobras e a reforma do triplex de Lula (assim como a reforma do sítio) foi descontada desse valor.
A carta de Léo Pinheiro deveria levar o jornal a desistir de sua parceria com o site pirata. É claro, porém, que isso não vai ocorrer.
Leia mais um trecho da carta:
“A primeira vez que fui ouvido por uma autoridade sobre o caso denominado como tríplex foi no dia 20 de abril de 2017, perante o juiz federal Sergio Moro, durante meu interrogatório prestado na ação penal referente ao tema.
Na oportunidade, esclareci que o apartamento nunca tinha sido colocado à venda porque o ex-presidente Lula era o seu real proprietário e as reformas executadas foram realizadas seguindo suas orientações e de seus familiares.
O ex-presidente e sua família foram ao tríplex e solicitaram reformas como a construção de um quarto, mudanças na área da piscina etc. Tudo devidamente testemunhado por funcionários da empresa que acompanharam a visita e prestaram testemunhos sobre isso.”
Disse também que a propina da OAS para o PT foi avalizada por Lula, e que foi fruto de contratos da empreiteira com a Petrobras.
E descontou dessa propina os valores pagos a Lula no triplex e no sítio de Atibaia.
A carta é uma vergonha para todos os defensores da ORCRIM – dentro da imprensa ou fora dela:
“Afirmei ainda que os valores gastos pela OAS foram devidamente contabilizados e descontados da propina devida pela empresa ao Partido dos Trabalhadores em obras da Petrobras, tudo com anuência do seu maior líder partidário. A conta corrente com o PT chegou a aproximadamente R$ 80 milhões, por isso havia um obrigatório encontro de contas com o sr. João Vaccari.
O meu interrogatório foi confirmado por provas robustas que o Poder Judiciário, em três instâncias, entendeu como material probatório consistente para condenação de todos os envolvidos.”
“O material que comprova a minha fala está no processo do tríplex e foi todo apreendido pela Operação Lava Jato na minha residência, na sede da empresa OAS, na residência do ex-presidente Lula, na sede do Instituto Lula e na sede do Bancoop, o que quer dizer que não há como eu, Léo Pinheiro, ter apresentado versões distintas, já que o material probatório é bem anterior à decretação da minha prisão em novembro de 2014.
Além disso, plantas das reformas do tríplex, projetos deste apartamento e do sítio, bem como contratos, foram apreendidos na própria residência do ex-presidente, cabendo à minha pessoa tão somente contar a verdade do que tinha se passado. O próprio ex-presidente Lula, em seu interrogatório no mesmo caso, confirmou que voltamos no seu carro após nossa visita ao tríplex no Guarujá.”