Antonio Palocci disse que Guido Mantega pediu a ele pressa no pagamento de ao menos R$ 30 milhões que seriam distribuídos a senadores do MDB para que apoiassem Dilma Rousseff em 2014.

Palocci contou que Joesley Batista estranhou o pedido de Mantega e teria procurado Dilma para confirmar se o pagamento deveria ser realizado. “Joesley relatou ao depoente [Palocci] que a presidente Dilma disse a seguinte frase: ‘É para fazer’”.

O dinheiro era mantido numa conta nos Estados Unidos em nome de Joesley Batista e Palocci era um dos autorizados a usá-la para pagamentos de propina.

No depoimento que prestou à PF, Antonio Palocci também falou sobre Renan Calheiros.

Contou que os pagamentos da JBS para comprar o apoio MDB do Senado em favor de Dilma eram ajustados com ele.

“Joesley perguntou ao depoente [Palocci] se Renan Calheiros era de fato uma pessoa do PMDB que gozava da confiança do PT, tendo o depoente respondido afirmativamente na medida em que conhecia a atuação de Renan Calheiros na liderança do Senado e fidelidade ao governo.”

O depoimento foi prestado dentro de inquérito que apura pagamentos da JBS a Renan Calheiros, Valdir Raupp, Jader Barbalho, Eunício Oliveira e Eduardo Braga, para evitar que apoiassem Aécio Neves na disputa presidencial.

E mais uma nova apuração surge de uma confissão de Durval Rodrigues da Costa, servidor público de 67 anos e amigo do ex-diretor da J&F e delator Ricardo Saud.

Em depoimento à PF, Durval relatou sobre uma complexa operação logística para entregar R$ 3,8 milhões em propinas ao então presidente do Senado, às vésperas da eleição de 2014.