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Trump diz estar 100% certo que acordo de tarifas com UE será alcançado

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Donald Trump disse estar “100%” certo de que um acordo sobre taxas alfandegárias com a União Europeia seria alcançado, ao receber a líder italiana Giorgia Meloni nesta quinta-feira (17) em Washington. Meloni estava sob pressão de Bruxelas para falar em nome dos 27 estados-membros da União Europeia. A primeira-ministra italiana concordou, no início da reunião em Washington, dizendo que ela também estava “certa” de que um acordo seria alcançado.

A chefe da coalizão ultraconservadora no poder em Roma, no entanto, afirmou que “não poderia negociar em nome da União Europeia“, enquanto as relações entre a UE e os Estados Unidos estão tensas desde a guerra comercial iniciada pelo presidente norte-americano e seu uso generalizado de taxas alfandegárias.

“Meu objetivo é convidar o presidente Trump para uma visita oficial à Itália e tentar organizar, se possível, um encontro desse tipo com a Europa”, acrescentou Giorgia Meloni.

Em meio a uma guerra comercial, o Banco Central Europeu (BCE) acaba de definir um corte de 0,25 ponto nas taxas básicas para fortalecer a economia da zona do euro. A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse nesta quinta-feira que o organismo deve “enfrentar o imprevisível” e ser “ágil” diante do clima econômico incerto.

Por que Meloni pode ajudar a intermediar acordo entre europeus e EUA?

As relações entre Giorgia Meloni e Donald Trump, que compartilham uma ampla base ideológica, são conhecidas por serem ótimas. A primeira-ministra, descrita como uma “líder fantástica” pelo republicano, foi a única liderança da UE a ser convidada para sua posse em janeiro.

Destacando esse “relacionamento muito especial”, altos funcionários americanos disseram que Meloni poderia servir como intermediária para um acordo entre a Europa e os Estados Unidos.

“Esperamos que a primeiro-ministra e o presidente consigam fazer as coisas avançarem”, disse um funcionário do governo Trump a repórteres antes da reunião. “Estamos abertos, estamos disponíveis, estamos prontos para concluir acordos com países que levam isso a sério. Esperamos que a Itália e a UE participem”, acrescentou.

O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs tarifas de pelo menos 10% sobre todos os produtos que entram nos Estados Unidos, a partir de 5 de abril, e de até 145% sobre produtos chineses, além dos impostos existentes antes de seu retorno à Casa Branca.

Dependente das exportações de sua indústria, que respondem por quase um quarto de seu PIB, Meloni criticou essa ofensiva tarifária, mas manteve o diálogo e pediu a Bruxelas que não tomasse medidas retaliatórias.

“Devemos absolutamente evitar uma guerra tarifária”, implorou o ministro da Indústria italiano, Adolfo Urso, acrescentando que Meloni tentaria em Washington “convencer a todos da necessidade de discutir”.

O presidente dos EUA tem usado tarifas como uma ferramenta política desde que retornou ao poder, e as usou particularmente contra a China. Mas ele disse nesta quinta-feira, em resposta a uma pergunta, que as duas maiores potências do mundo concluiriam “um acordo muito bom”, sem fornecer mais detalhes.

Empresa francesa sente impactos das tarifas dos EUA

A Itália vende mais de 10% de suas exportações para os Estados Unidos, o terceiro maior parceiro comercial da península. Dez por cento das exportações da Alemanha também são para os Estados Unidos, e 7% das exportações francesas seguem o mesmo destino.

A gigante francesa de cosméticos L’Oréal poderia, “dependendo do resultado” em relação às taxas alfandegárias nos Estados Unidos, “tomar as medidas de realocação necessárias”, de acordo com seu CEO, Nicolas Hieronimus.

“Podemos aumentar os preços, aumentamos os estoques e, sim, podemos realocar parte da nossa produção”, disse o CEO do grupo durante uma conversa com analistas à margem da apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

“Mas não queremos tomar medidas precipitadas sobre algo que pode ser temporário”, disse ele. “Estamos monitorando a situação de perto e tentando entender o desfecho. Dependendo do resultado, poderemos tomar as medidas de realocação necessárias”, disse o líder da empresa global de cosméticos.

Em 2024, o grupo gerou 27% do seu faturamento nos Estados Unidos e no Canadá. Dos produtos vendidos pela L’Oréal nos Estados Unidos, “pouco menos de 50% são produzidos localmente, cerca de 30% vêm da Europa e o restante vem do México, Canadá e algumas outras regiões do mundo”, explicou Nicolas Hieronimus.

“Existem várias maneiras de mitigar o impacto dessas tarifas, que esperamos evitar, mas se elas forem mantidas, temos várias alternativas para compensá-las”, explicou. Portanto, se taxas alfandegárias adicionais forem confirmadas, isso “afetará principalmente nosso segundo semestre em termos de margens”, disse ele.

(Com informações da AFP)

Leia mais reportagens no RFI, parceiro do Metrópoles.

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Takamoto
Takamoto
Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.
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