O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi contra e rejeitou o plano de Israel de atacar instalações nucleares iranianas. A decisão do presidente foi tomada na última semana, em favor da negociação de um acordo com Teerã para limitar seu programa nuclear.
Segundo autoridades do governo ouvidas pelo jornal The New York Times, embora a decisão seja recente, houve um longo debate interno ao longo dos últimos meses sobre se Trump deveria ou não apoiar o plano de Israel de atacar o Irã, numa tentativa de impedir o país de construir uma bomba nuclear.
O debate ocorreu entre integrantes do gabinete de Trump e outros assessores contrários à possibilidade de um ataque militar ao Irã. Até o momento, prevaleceu a decisão de evitar um confronto maior, já que o Irã tem se mostrado disposto a negociar.
A decisão de atacar o Irã foi avaliada por autoridades israelenses em maio, com o objetivo de atrasar, por um ano ou mais, a capacidade de Teerã de desenvolver uma arma nuclear.
No último sábado, Estados Unidos e Irã se reuniram em Omã para dar início às discussões acerca de um possível acordo sobre o programa nuclear iraniano.
Capacidade técnica
O Irã sinalizou ter avançado em seu programa nuclear, e disse ter “capacidade técnica” para produzir uma bomba atômica. A revelação foi feita no ano passado pelo chefe do Conselho Estratégico de Relações Exteriores do país, Kamal Kharrazi, ao jornal libanês Al Mayadeen, pró-Hezbollah.
Durante a conversa, o ex-chanceler iraniano entre 1997 e 2005 comentou sobre o aumento da temperatura no Oriente Médio, a escalada de tensão com Israel.
