Zé de Abreu, após fazer publicações com ofensas explícitas dirigidas ao procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato, é processado pelo mesmo.
Deltan Dallagnol ajuizou ação contra Zé de Abreu por “constantemente ofender a honra e dignidade”. A ação pede indenização de R$ 41,8 mil e o valor, caso o ator seja condenado, deverá ser destinado para uma instituição de caridade.
O coordenador da Lava Jato também entrou com mesmo tipo de ação contra o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro passado. O ministro se tornou um notório crítico do procurador em 2019.
“Ao combater o estado de coisas que imperava no País, o autor também passou a ser atacado por pessoas que de alguma forma se sentiram atingidas pelas iniciativas do M PF, como é o caso, lamentavelmente, do réu Zé de Abreu, conhecido artista de televisão da Rede Globo, que vem se aproveitando de sua notoriedade para constantemente ofender a honra e dignidade do autor”, diz o advogado de Dallagnol em uma parte do processo, segundo o Jornal de Brasília.
O documento ainda destaca que Dallagnol “defende a validade do debate público, a necessidade de críticas contra quem quer que seja, o direito que todo o cidadão tem de expressar sua opinião (…), mas não pode mais ficar passivo diante do ataque maciço contra sua honra e dignidade que vem recebendo constantemente” de Zé de Abreu.
“Ao chamar o Autor de bandido, canalha, bandido sem caráter, vagabundo, verme, bandido da pior espécie, rato, idiota, imbecil, além ainda de associá-lo como membro de um orcrim (organização criminosa) e dizer canalha, vai para a cadeia, é evidente que o réu (José de Abreu) não exerceu qualquer direito de expressão ou de crítica, mas partiu para deliberado ataque à honra e dignidade do autor, provando ser pessoa que não convive com opiniões diversas, que desrespeita a vida alheia e debocha dos estatutos legais e institucionais do Brasil”, completa o texto.