CELAC não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área.
“Celac não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua”, afirmou o titular do Itamaraty.
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou por sua conta no Twitter que o Brasil decidiu suspender sua participação da Comunidade dos Estados Latino americanos e Caribenhos (Celac).
O ministro também ressaltou que o Brasil tem a determinação de trabalhar com todas as democracias da região. A declaração de Ernesto segue a linha diplomática adotada pelo Brasil no governo Bolsonaro, a qual visa se aproximar dos países economicamente liberais e democráticos, rechaçando os de regimes autoritários.
“O Brasil decidiu suspender sua participação na CELAC (Comunidade de Estados Latino americanos e Caribenhos). A CELAC não vinha tendo resultados na defesa da democracia ou em qualquer área. Ao contrário, dava palco p/regimes não-democráticos como os da Venezuela, Cuba, Nicarágua”, declarou o ministro em sua rede social.
“O Brasil reforça sua determinação de trabalhar com todas as democracias da região (seja bilateralmente, seja na OEA, no Prosul ou no Mercosul) por uma agenda de liberdade, prosperidade, segurança e integração aberta”, completou.
A Celac é um bloco regional criado em 2010 na Cúpula da Unidade da América Latina e Caribe, em Playa del Carmen, cidade do México. Já o Prosul foi formado em março de 2019 a partir da assinatura da Declaração de Santiago e conta com a participação de oito países: Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai e Peru.
Mas a atuação do bloco foi praticamente paralisada nos últimos anos diante da chegada de governos conservadores ao poder na região. Em abril de 2019, Bolsonaro oficalizou a saída do Brasil da Unasul, outro bloco promovido por Lula e criado em 2008. Em seu lugar, passou a integrar o Prosul, criado em março passado, no Chile.