A Embaixada da China no Brasil, anunciou, neste domingo (3/8), que o país aprovou a habilitação de 183 novas empresas brasileiras de café para exportação ao mercado chinês. A medida entrará em vigor em 30 de julho de 2025, e terá validade de 5 anos.
A medida foi anunciada em um momento que o governo brasileiro busca negociar a tarifa de 50% imposta sobre o café do Brasil, que entrará em vigor em 6 de agosto.
O tarifaço de Donald Trump
- O presidente norte-americano Donald Trump assinou, em 31 de julho, ordem executiva que oficializou a tarifa de 50% contra os produtos exportados do Brasil para os Estados Unidos.
- Na prática, os 50% são a soma de uma alíquota de 10% anunciada em abril, com 40% adicionais anunciados no começo do mês e oficializados na última quarta-feira (30/7).
- Apesar disso, o líder norte-americano deixou quase 700 produtos fora da lista de itens afetados pela tarifa extra de 40%. Entre eles, suco de laranja, aeronaves, castanhas, petróleo e minérios de ferro.
- Os produtos isentos serão afetados apenas com a taxa de 10%.
- A previsão do governo norte-americano é de que o tarifaço entre em vigor em 6 de agosto.
Quando o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a tarifa de 50% ao Brasil era sobre todos os produtos brasileiros, mas, posteriormente, ele retirou as sanções de cerca de 700 produtos, como laranja e do setor aéreo, mantendo a taxa sobre o café .
A China é o principal parceiro comercial do Brasil em geral, asssim como os EUA são um grande comprador de carne bovina e suco de laranja do Brasil, entre diversos produtos.
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Apenas em junho, as exportações brasileiras de café para os EUA totalizaram 440.034 sacas de 60 quilos, 7,87 vezes mais do que as vendas do Brasil para a China, de quase 56 mil sacas naquele mês, de acordo com dados comerciais compilados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O Brasil fornece cerca de um terço da demanda de café dos EUA a cada ano, em um comércio avaliado em US$ 4,4 bilhões nos 12 meses encerrados em junho.