Deputado Federal Luis Miranda pode ser cassado pelo TRE-DF. Entenda
Para os advogados do Patriotas, essas condutas caracterizam abuso de poder econômico e corrupção eleitoral ativa. No caso dos anúncios patrocinados nas mídias sociais, essa conduta é permitida pela legislação eleitoral, desde que apareça claramente a expressão “Propaganda Eleitoral” com o respectivo CNPJ ou CPF do titular da campanha. No caso de Luis Miranda, ele promovia publicações pessoais, sorteios, vídeos e fotos descumprindo o que preceitua a Lei nº 13.488/2017
Luis Miranda ficou conhecido nas redes sociais por comparar o modelo de vida norte-americano com o brasileiro. Morou nos EUA durante 3 anos e voltou ao Brasil em 2018. Como já era um Youtuber conhecido e com muitos seguidores, resolveu se candidatar a uma vaga na Câmara dos Deputados. Contudo, utilizou-se das mídias sociais de maneira ilegal para promover sua imagem e obteve vantagens ilícitas contra os outros candidatos.
Além de tudo isso, as contas eleitorais de Luis Miranda foram reprovadas por unanimidade no processo: “Prestação de Contas: PC 060247983 BRASÍLIA – DF” do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF). Dentre as inúmeras irregularidades presentes na Prestação de Contas do deputado Luis Miranda, destacam-se:
2) Não apresentação de comprovantes das despesas, realizadas com recursos de natureza privada;
3) Realização de despesas antes da abertura da conta bancária específica de campanha, no valor de R$ 15.068,24;
4) Saques no valor de R$ 95.731,23 que não se destinaram à composição do fundo de caixa, mas para o pagamento de diferentes despesas. ”
Na esteira da renovação política que elegeu muitos “não políticos”, Luis Miranda se utilizou dos seus conhecimentos midiáticos para conseguir uma projeção indevida. Foi eleito com 65 mil votos e representa a população do Distrito Federal na Câmara dos Deputados. Os processos contra o deputado estão correndo na Justiça Eleitoral e possuem provas contundentes do abuso de poder econômico e também da corrupção eleitoral.
Num momento em que a moralidade e o combate à corrupção são as principais bandeiras de uma nação cansada de escândalos, permitir que um deputado permaneça no mandato, tendo burlado as regras eleitorais, é uma clara afronta à vontade do povo e ao próprio Estado Democrático de Direito.