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Para que serve a arte?

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De acordo com um inexpressivo doutorando da Escola de Música da Universidade de São Paulo (USP), porém barulhento nas mídias sociais, o funkeiro MC Fióti é mais complexo que Bach.

Sim, você também não fica feliz ao ver o seu rico suado dinheiro gasto em impostos ser tão bem utilizado assim nas universidades públicas?

Se você ainda tem alguma dúvida sobre a decadência da arte pelo mundo e do culto à estupidez (não apenas em questões políticas) que se tem fomentado sobre a mente humana, fica aqui mais um simples exemplo do fato:

Este “quadro”, que mais parece uma mesa de ping pong colada na parede, é considerada uma obra de arte e foi vendido pela bagatela de 43,8 milhões de dólares.

Sim, é verdade.

Esqueça os girassóis de Van Gogh, o Davi de Michelangelo, a Monalisa de Da Vinci ou o surrealismo de Salvador Dali. O maior expoente das artes modernas se chama Barnett Newman.

Sim, talvez, em sua casa, seu filho de cinco anos faça rabiscos e pinte quadros muito melhores e mais expressivos do que este “gênio”, mas infelizmente seu pimpolho, assim como qualquer outro artista, vai depender da sorte de ser descoberto por um marchand.

O segredo da arte num mundo sem poesia, inteligência e quase nenhuma sensibilidade está nas mãos daqueles que a vendem em conluio com “formadores de opinião”, estes seres vazios, arrogantes e presunçosos, que de alguma forma a sociedade resolveu dar voz de arauto.

Arte hoje em dia é isto, colegas.

Seja música, cinema, artes plásticas ou até mesmo opinião política, que em tempos atuais transformou políticos em novos “rock stars”, são os escalafobéticos “influencers” e a nova “inprença” que ditam as regras que os ignorantes, a vasta maioria da população, absorvem.

O culto ao feio, ao bizarro e ao medíocre vem tomando proporções assustadoras e fica no ar aquela pergunta: Por que a beleza importa?

O saudoso filósofo contemporânea Roger Scruton respondeu à questão:

“Em qualquer tempo, entre 1750 e 1930, se se pedisse a qualquer pessoa educada para descrever o objetivo da poesia, da arte e da música, eles teriam respondido: a beleza.

E se você perguntasse o motivo disto, aprenderia que a beleza é um valor tão importante quanto a verdade e a bondade.

Então, no século XX, a beleza deixou de ser importante. A arte, gradativamente, se focou em perturbar e quebrar tabus morais. Não era beleza, mas originalidade, atingida por quaisquer meios e a qualquer custo moral, que ganhava os prêmios.

Não somente a arte fez um culto à feiúra, como a arquitetura se tornou desalmada e estéril. E não foi somente o nosso entorno físico que se tornou feio: nossa linguagem, música e maneiras, estão ficando cada vez mais rudes, auto centradas e ofensivas, como se a beleza e o bom gosto não tivessem lugar em nossas vidas.

Uma palavra é escrita em letras garrafais em todas estas coisas feias, e a palavra é: EGOÍSMO.

“Meus lucros”, “meus desejos”, “meus prazeres”. E a arte não tem o que dizer em resposta, apenas: “sim, faça isso”!

Penso que estamos perdendo a beleza e existe o perigo de que, com isso, percamos o sentido da vida.”

*       Texto Original A Toca do Lobo

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Takamoto
Takamoto
Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.
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