O primeiro radar surgiu em 1904 pelas mãos de um engenheiro alemão de nome Christian Hulsmeyer que criou um aparelho capaz de detectar a presença de um objecto afastado a alguma distância.
No entanto não teve qualquer sucesso, não só por não se vislumbrar qualquer utilidade prática para aquele tipo de aparelho mas também por ter uma precisão muito baixa.
Em 1917 o cientista sérvio Nikola Tesla descobriu qual era a frequência que deveria ser usada para detectar, tanto a presença de objetos, como o seu movimento.
Ficaram assim estabelecidos os princípios básicos de frequências e potência que permitiriam o subsequente desenvolvimento do radar por diversos cientistas americanos e europeus.
As principais nações, após a primeira Guerra Mundial, haviam começado a perceber o potencial do radar nos cenários de guerra. Foi esta mudança de visão que fez com que a soma de todas as investigações ocorridas entre a primeira e a segunda Guerra Mundial levassem, em tempo recorde, ao desenvolvimento do radar moderno.
Em 1934 o engenheiro francês Emile Girardeau registou uma patente pelo seu trabalho num sistema de radar multi-frequência. Ele conseguiu uma patente do seu trabalho e em 1935 foi destacado para a Normandia.
Também em 1934, na União Soviética o engenheiro P.K. Oschepkov inventou o RAPID, um sistema de radar que conseguia detectar a presença de um avião a três quilómetros de distância.
Em 1935 os Estados Unidos alcançaram o seu primeiro radar mono-frequência, através do trabalho do Dr. Robert Page.
Foram no entanto os britânicos que mais desenvolveram o radar.
Em 1935 o engenheiro britânico Robert Watson-Watt conseguiu desenvolver a capacidade de detectar aeronaves a longas distâncias (mais de 100 km) e mostrou todo o potencial da sua descoberta ao Ministério da Aeronáutica Britânico que imediatamente integrou essa nova tecnologia para o seu sistema de defesa, o primeiro na história do radar.
Com a segunda Guerra Mundial deu-se uma evolução mais rápida na tecnologia de radar. Tanto os britânicos como os alemães estavam envolvidos numa corrida para produzir radares maiores e mais sofisticados, corrida essa que foi largamente ganha pelos ingleses, que souberam aproveitar e utilizar de forma mais eficaz o sistema de radares que possuíam.
A guerra fria levou ao desenvolvimento dos sistemas mais sofisticados de radar e rapidamente apareceram vários sistemas e configurações: o Pinetree Line, feito pelos Estados Unidos no início de 1950, o DEW Line, o Ballistic Missile Early Warning System, o Doppler e o radar Bistastic.
Felizmente hoje em dia os radares são utilizados para fins mais pacíficos, deste a biologia à meteorologia, passando pela vigilância costeira, pelo controle do tráfego aéreo comercial e pela indústria aero-espacial. Hoje existem radares que cobrem mais de 500 km de área.