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Seguro DPVAT: Graças à Marina, fraudes bilionárias podem continuar

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Jair Bolsonaro assinou o fim do seguro DPVAT, alegando que o SUS já arca com despesas similares. Seguro vinha sendo alvo de milhares de golpes

A extinção do pagamento do Seguro DPVAT a partir de 2020, por meio de Medida Provisória (MP), gerou polêmica sobre os custeios dos acidentes de trânsito, mas chama a atenção para um sistema que era alvo de fraudes. São milhares de esquemas envolvendo funerárias, hospitais públicos e advogados. Todos de olho no seguro que chega a R$ 13.500 para familiares de vítimas.

Essa situação foi nítida em dois momentos depois da queda de um avião que decolou do Aeroporto Carlos Prates e caiu no Bairro Caiçara, Região noroeste de BH, no dia 21 de outubro. O prêmio do Seguro Contra Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) das vítimas foi alvo de várias tentativas de cooptação.

Morreram quatro pessoas e duas ficaram gravemente feridas, ainda internadas no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. Enquanto os corpos de motorista e passageiro atingidos pela aeronave eram reconhecidos por familiares, no Instituto Médico Legal (IML), esses eram abordados por agentes funerários que ofereciam seus serviços sem custos, apenas com uma procuração para o saque do DPVAT. Com isso, um sepultamento que custaria R$ 2 mil a R$ 5 mil, poderia zerar o benefício de R$ 13.500.

Os mesmos agentes de funerárias e de escritórios ditos de advocacia abordavam e sondavam os familiares para certificar se tratava-se de acidente automobilístico, que dá direito ao saque. Neste caso, a captação de clientes, que é vedada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se dá também para captar o recurso do seguro para vítimas com invalidez.

O detalhe é que qualquer pessoa pode requerer o seguro diretamente na Seguradora Líder, que é a administradora nacional do seguro. O seguro DPVAT pagou mais de 289 mil indenizações em 2019.

Milhares de Fraudes contra o Seguro DPVAT 

http://https://youtu.be/K3y7MPPBSpM

http://https://www.youtube.com/watch?v=o9XwUFaYE54

http://https://www.youtube.com/watch?v=Ept30Zc5iPo

Marina Silva comemora

Partidos de esquerda, no entanto, discordaram da medida do governo, alegando que os atendimentos no Serviço Único de Saúde ficarão prejudicados com o fim do seguro, visto que parte da arrecadação do mesmo é destinada para esse destino.

Um dos partidos que entraram com recurso contra a decisão de Bolsonaro foi a Rede, da ex-candidata à presidência Marina Silva. Como resultado, o Supremo Tribunal Federal derrubou o decreto presidencial, fazendo retornar o seguro obrigatório.

Marina Silva, por sua vez, comemorou o retorno da taxa obrigatória em sua redes social: “Vitória da REDE! O STF deu parecer favorável à ação da Rede Sustentabilidade contra a Medida Provisória do presidente Bolsonaro que extinguia o DPVAT”, escreveu ela.

A reação dos internautas foi quase unânime em criticar a ex-senadora. “Vitória da corrupção vc quis dizer????”, escreveu uma seguidora, compartilhando a informação de uma matéria revelando que o “Seguro Obrigatório DPVAT faturou R$42,2 bilhões nos últimos 11 anos, de acordo com a própria entidade, e seus ricos proprietários botaram no bolso 12% desse total, ou sejam, R$5,06 bilhões”.

“Que comemoração estúpida! Quer dizer que com a Vitória da Rede eu tenho que pagar a DPVAT mais o seguro privado? Vocês cada dia mais longe dos interesses e necessidades das pessoas”, criticou outro internauta.

 

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Takamoto
Takamoto
Fotojornalista, artista marcial, ex-militar, perito criminal.
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