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Óleo de coco faz bem? Especialistas esclarecem

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O óleo de coco extravirgem ganhou destaque nas prateleiras de supermercados e lojas de produtos naturais. Ele promete acabar com as gordurinhas indesejadas que teimam em aparecer pelo corpo. Para Larissa Marin, coordenadora técnica de nutrição, o principal benefício desse óleo é a ação no sistema imunológico, “podendo ser bastante importante para tratamentos de candidíase, herpes e outros, por aumentar a resposta imunológica contra diversos micro-organismos e bactérias patogênicas”, explica. 

Ação emagrecedora  do óleo de coco

Além de ser um aliado contra doenças, esse alimento aumenta a sensação de saciedade, auxiliando no controle do apetite e diminuindo a compulsão. A nutricionista clínica Hellen Fernandes acredita que o óleo de coco é realmente eficaz em uma dieta, mas que, administrado isoladamente, sem dieta balanceada, prática de atividade física e hábitos de vida saudáveis, não irá apresentar os resultados esperados, como qualquer outro produto utilizado assim. 

Polêmica sobre os benefícios  

Sobre pesquisas que indicam que o óleo de coco pode não ser tão vantajoso, a nutricionista Hellen Fernandes acredita que o ponto polêmico se deve à gordura presente no produto. “Acredito que, pelo fato de ser um tipo de gordura saturada, há um equívoco em acreditar que possa alterar os níveis de colesterol ou gordura corporal. O óleo de coco é uma gordura saturada, sim, porém de origem vegetal e que ainda contém antioxidantes”, defende.  

O professor e nutricionista Edis Rodrigues Júnior acrescenta que a gordura do óleo de coco eleva os níveis de HDL (lipoproteína de alta densidade) – conhecido popularmente como colesterol bom. “Nesse aspecto, faz muito bem para o organismo”, garante. Entretanto, o professor é enfático no que diz respeito ao emagrecimento. “Não existe nenhum estudo que comprove a funcionalidade no processo de queima de gordura corporal”, revela Edis Rodrigues. 

Consumo de óleo de coco deve ser fracionado (Imagem: Shutterstock)

Como utilizar 

Quem quiser experimentar os benefícios do óleo de coco, mesmo com as divergências entre pesquisadores, deve ingerir no máximo 30 ml/dia, fracionados em 3 refeições. “Porém, para quem tem um bom funcionamento intestinal, o ideal é que comece com 1 colher de sopa por dia e gradativamente vá aumentando até o recomendado”, aconselha a nutricionista Hellen Fernandes. 

Em cápsula, recomenda-se até 4 g/dia: 2 cápsulas antes do almoço e 2 cápsulas antes do jantar. A fim de se beneficiar do produto, é importante estar atento ao rótulo, pois o óleo de coco recomendado é o extravirgem. O óleo de coco refinado, como outros óleos vegetais, passa por um processo em que são adicionadas, por calor, substâncias químicas; nisso, perde-se a maioria dos nutrientes.

“O óleo de coco extravirgem é extraído a frio, é prensado, sem adição de solventes químicos, mantendo, assim, toda a integridade e a quantidade de nutrientes. A melhor opção é o virgem ou o extravirgem”, indica a nutricionista Hellen Fernandes. O óleo pode ser adicionado nos alimentos ou ingerido puro. Lembrando que o consumo do óleo é benéfico, contudo deve estar associado a hábitos de vida saudáveis. 

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