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Confusão e pancadaria na Câmara Legislativa encerram fórum sobre Luos

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Uma pancadaria encerrou o fórum de debates sobre a emenda substitutiva ao projeto de Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos), na Câmara Legislativa (CLDF), na tarde desta segunda-feira (26/11). A briga generalizada ocorreu entre parte do público que participava da reunião no auditório da Casa e só acabou após a intervenção da Polícia Legislativa.

A confusão começou após o professor da Universidade de Brasília (UnB) Frederico Flósculo ser retirado do local pelos policiais. Ele gritava ofensas contra o secretário de Gestão do Território e Habitação (Segeth), Thiago de Andrade, e a presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), Telma Rufino (Pros). Após a saída dele, o tumulto cresceu. A votação da Luos foi adiada para o dia 11 de dezembro.

De acordo com testemunhas, o professor de arquitetura e urbanismo da UnB questionou o secretário sobre as mudanças na Luos. Enquanto o representante do Governo do Distrito Federal (GDF) respondia, o docente passou a ofendê-lo.

Flósculo acabou sendo repreendido por Telma Rufino, que passou a ser alvo de outras ofensas e gestos, como o de “algemas”. A presidente da CAF acabou pedindo ao professor para se retirar, mas ele se negou e disse que só sairia com a polícia. Com a chegada dos agentes, o acadêmico abandonou o local em seguida. Então, membros de grupos contrários passaram a se agredir verbalmente e chegaram às vias de fato.

“Lamento o tumulto, pois o processo democrático foi atropelado. O objetivo do fórum era escutar tanto o Executivo quanto a comunidade. Levantar as reivindicações, sanar as dúvidas relevantes. O que quero é que seja atendida a vontade da população, e, se houver grandes dúvidas, o projeto não será votado este ano”, afirmou Telma. A distrital marcará novas datas para as reuniões. Devido à confusão, a votação em plenário foi prorrogada e ficará para a última semana desta legislatura.

Ao Metrópoles, Flósculo admitiu ter dito ao secretário que ele “não era digno de confiança”. Ao ser repreendido pela deputada Telma, o professor teria replicado o comentário a ela.

“O que ela deveria ter feito era uma audiência pública, não um fórum. Eles estão dividindo a cidade toda, inflando ainda mais o número de lotes sem nenhum estudo. Queremos uma auditoria no projeto. Nós falamos sobre alguns problemas, e o secretário disse que eles estavam sanados, e eu disse que ele não era digno de confiança, como a deputada também não é”, afirmou o acadêmico.

Falta segurança
A professora Mônica Veríssimo foi uma das vítimas da briga. Durante a confusão, ela foi agredida e acabou ficando desacordada. Mônica criticou a segurança da Casa pela baixa quantidade de homens no local, mesmo diante do clima tenso.

“Pela manhã, eu já tinha avisado ao presidente [Joe Valle] sobre o clima tenso do fórum. Quando estávamos saindo, um grupo ficou provocando e um professor foi agredido. Foi quando a confusão começou. Não há nenhum controle de segurança na Casa. Se alguém quisesse entrar com uma faca ou com uma arma, entraria facilmente”, criticou Mônica Veríssimo.

Ela foi à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) para registrar um boletim de ocorrência. “Eu fui muito pisoteada, tanto que meu corpo está muito dolorido”, relatou a docente.

 

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