Lula, antes de indicar Dias Toffoli para o STF, dizia: “Esse vai ser o meu menino no Supremo”.
LULA – A frase consta do livro Os Onze, que acaba de ser publicado.
Seus autores, Felipe Recondo e Luiz Weber, relatam que o plano de Lula era transformar Dias Toffoli no Gilmar Mendes do PT.
O resultado foi melhor do que o previsto. Ele acabou transformando Gilmar Mendes no Dias Toffoli do PT.
Quando soube que sua mulher estava sendo investigada pela Receita Federal, Dias Toffoli designou Alexandre de Moraes para relatar o inquérito das Fake News, que resultou na censura à Crusoé.
Na época, segundo os autores de Os Onze, o presidente do STF disse a um amigo, na festa de aniversário de Luís Roberto Barroso:
“Tem que dar porrada. Nós só estamos apanhando. E o delegado que eu arranjei?”
Ele estava se referindo a Alexandre de Moraes.
Dias Toffoli decidiu pautar no segundo semestre o julgamento sobre a possibilidade de prender criminosos condenados em segundo grau, Lula.
Ele “escolherá a data em cima da hora para evitar que movimentos de rua tenham muito tempo para organizar manifestações e protestos contra o tribunal”.
A soltura de Lula e seus comparsas, portanto, será decidida na surdina.
A decisão de Dias Toffoli sobre o Coaf pode salvar Lula de mais alguns anos de cadeia.
Segundo a Folha de S. Paulo, o inquérito sobre a LILS, a empresa de palestras de Lula, deve ser suspenso, porque brotou de um relatório do Coaf.
“O relatório do órgão de inteligência mostrava que a firma de Lula recebera cerca de R$ 27 milhões de 2011 a 2014, sendo R$ 9,8 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato.”
As palestras pagas pela Odebrecht foram contabilizadas nas planilhas do departamento de propinas da empreiteira.
Dias Toffoli aproveitou, mais uma vez, uma viagem oficial em um avião da Força Aérea Brasileira para fazer turismo.
Dessa vez, o destino foi o litoral do Ceará.
Dias Toffoli “fez ao menos 73 voos em aviões da FAB desde que assumiu a presidência do STF”, diz a Folha de S. Paulo.
“Uma das últimas viagens dele em aeronave da FAB ocorreu em junho, para uma visita oficial de oito dias a Israel, a convite da Confederação Israelita do Brasil, Federação Israelita do Estado de São Paulo e Projeto Interchange, que promovem seminários para ministros do STF e do STJ.
O presidente do Supremo também usou avião oficial para eventos de final de semana em Fernando de Noronha e em Buenos Aires (…).
A preferência de Toffoli pelos voos da FAB pode sugerir uma opção para evitar hostilidades em voos comerciais, como as que Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski enfrentaram nos últimos meses.”