Nós enquanto Estado cuidaremos da integridade física e da ressocialização de quem esteja em sua tutela. O equipamento público NÃO É MOTEL!
Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, criticou a visita íntima dos presos, especialmente dos menores, os quais ficam detidos em unidades socioeducativas mantidas pelo governo.
Segundo a ministra, o “o equipamento público não é motel” para oferecer esse tipo de oportunidade.
“Uma coisa que vou rever: não aceito visita íntima para meninos. Qual a idade da namorada que vai lá transar com ele? Vou enfrentar isso. Mamãe Damares vai mandar bola, livro, arroz e feijão. Camisinha e lubrificante, não”, disse Damares.
A declaração da ministro foi durante uma entrevista para o Estado. Na ocasião, ela foi questionada sobre os planos da sua pasta para 2020. Entre eles está a construção de mais 62 unidades socioeducativas, segundo a ministra, com recurso de R$ 100 milhões da Petrobrás.
“O dinheiro dos leilões, das estatais, das vendas, parte irá para as nossas unidades. Acho que consigo construir todas em três anos e também fazer uma parceria público-privada para ajudar em programas nas unidades”, disse ela.
Em uma das suas redes sociais, Damares Alves foi mais enfática ao criticar a visita íntima aos jovens infratores. A medida foi autorizada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2012 e beneficia menores casados ou com união estável.
Para Damares, a detenção tem como objetivo a reeducação social, algo que não inclui a chance de manter relações sexuais dentro das unidades socioeducativas. “Quer ter vida intima? é só não roubar, matar, estuprar, traficar… Nós enquanto Estado cuidaremos da integridade física e da ressocialização de quem esteja em sua tutela. O equipamento público NÃO É MOTEL!”, escreveu a ministra.
Apesar de toda a popularidade, Damares, que também é pastora, pedagoga e advogada, descarta, hoje, ser candidata: “Sou candidata a uma rede numa casinha em Aracaju (SE)”. Durante a conversa, a ministra chorou mais de uma vez ao falar de momentos polêmicos de sua gestão e diz como transformou o episódio do “Jesus na goiabeira“, narrado por ela no início do governo, para explicar a série de estupros que sofreu entre os 6 e 8 anos de idade.