Quando estava no Poder, a Esquerda se gabava em dizer que havia acabado com a fome no Brasil.
Apresentava números – que ninguém sabia de onde vinham – para demonstrar que não existiam mais pessoas em situação de extrema pobreza no país (aquela extrema pobreza a ponto de não ter sequer o que comer).
Tudo isso, a Esquerda dizia que se devia ao exitoso programa “Fome Zero” (mais antigo, criado por “Lula”) e “Bolsa Família”.
Reportagens eram mostradas na televisão, especialmente na Rede Globo e Globo News, demonstrando a retirada de centenas de milhares (e, por que não?, milhões) de pessoas da linha de pobreza.
Aliás, essa expressão, ‘linha de pobreza”, era repetida aos quatro ventos pela mídia, quase como um mantra, quando replicava, nas reportagens, os gráficos que mostravam a ascensão social dos brasileiros mais necessitados socialmente.
Jair Bolsonaro assume a Presidência da República, e não só não extingue o programa Bolsa Família (como a Esquerda dizia que ele faria) como o amplia, pagando 13° às famílias cadastradas e atendidas pelo referido programa.
E daí, ele, Jair Bolsonaro, fala, em uma entrevista, que no Brasil não existem pessoas em situação de extrema pobreza, que passem fome, que não consigam se alimentar, e é imediatamente bombardeado pela Esquerda e pela mídia “mainstream”.
A fala do Presidente pode ter sido infeliz e até cruel, concordo. Mas não pode ser interpretada descontextualizada.
Na verdade, como ele explicou depois, o que ele estava querendo ressalvar era que o que não se pode mais tolerar, no Brasil, é aquela cultura de governantes que ficam falando mal do próprio país, com números e dados depreciativos, muitas vezes errados, e que só fazem manchar a imagem do Brasil no exterior, como Lula fazia, em um vídeo mais do que conhecido:
Mas de nada adianta a explicação, pois palavras já ditas não podem ser “desditas”, e por isso que há que se tomar extremo cuidado ao se falar algo de improviso, especialmente por um Presidente da República nesse ambiente midiático histriônico brasileiro.
Contudo, a fala de Bolsonaro serve para escrachar a hipocrisia da Esquerda e da extrema-imprensa, que sempre tapou os olhos para os mais necessitados do país, para os que realmente passam fome, que vivem à margem da sociedade, que não têm dignidade, que não votam, que não integram estatísticas, mas que são brasileiros como nós, e que devem primordialmente receber a proteção do Estado (e de qualquer um de nós, na verdade, com nossos atos de solidariedade).
A imprensa que agora torce o nariz de “nojinho” para a fala Bolsonaro sobre a inexistência de pessoas famélicas no país é a mesma que passou anos dizendo que o Governo do PT acabou com a fome no Brasil.
O fato é que, mesmo quando não quer, mesmo sem querer, Bolsonaro consegue fazer cair o véu da hipocrisia que cobre a Esquerda e os seus apoiadores da mídia “mainstream”.
Portanto, lanço aqui a eles duas exortações, duas advertências, para estimulá-los:
— Decida-se, Esquerda: a situação de extrema pobreza foi ou não foi acabada pelo Governo que esteve no Poder nos últimos 16 anos (Lula 1 e 2; Dilma 1 e 2 e 1/2; Temer 1 e 1/2)?
— Decida-se, extrema-imprensa/mídia “mainstream”: as reportagens maciçamente divulgadas nos telejornais, e escritas na mídia impressa, dando conta da erradicação da fome no país (ou, ao menos, da sua redução drástica), com a retirada de milhões de pessoas da situação de extrema-pobreza, eram falsas?
Guinarmo Federico Piacesi Ramos