O socialismo não pode existir sem um exacerbado nível de agressividade, hostilidade e violência. E, embora ela ocorra de muitas formas e maneiras, em sentidos variados, nem sempre ela parece óbvia, especialmente para o setor mais pacífico, não-politizado, da sociedade.
Como Hans-Hermann Hoppe falou, o socialismo se assenta na violência agressiva dirigida contra pessoas inocentes. E a história de todos os países socialistas — sem exceções — confirma a veracidade desta afirmação.
No socialismo, a violência converge de diversos pontos diferentes, mas seus principais focos de irradiação são partidos políticos, ativistas e militantes, e o estado ideologicamente saturado, que pode levar o seu aparato de repressão — polícia política e exército — a capturar, prender e torturar dissidentes.
O Brasil é um país relativamente perigoso nesse sentido. Com mais de três dezenas de partidos políticos de esquerda — muitos deles praticando reiterada apologia a regimes ditatoriais e a formas radicais de socialismo — a pregação da violência contra pessoas que possuam pontos de vista ou opiniões diferentes será ostensiva, oportuna e constante. E inúmeros exemplos poderiam ser citados. Em um congresso do PCdoB, realizado por volta de 2015, o ativista comunista Mauro Iasi defendeu o fuzilamento de conservadores.
Assim, citando um poema do simpatizante comunista Bertolt Brecht, o candidato a tiranete afirmou que conservadores merecem “um bom paredão, onde vamos colocá-los em frente a uma boa espingarda, com uma boa bala, e vamos oferecer depois uma boa pá e uma boa cova”.
Dentre as muitas coisas que disse, o Stálin de agremiação estudantil falou: “É assim que nós enfrentaremos os conservadores. Radicalizando a luta de classes. Com a direita e o conservadorismo, nenhum diálogo. Luta!”
O marxismo é perigoso — porque em sua depravada cosmogonia totalitária — age corroendo completamente toda e qualquer capacidade de raciocínio dos seus adeptos, de maneira que tornam-se animais irracionais guiados por instinto e condicionamento, ficando inteiramente desprovidos de suas faculdades mentais. Desta maneira, seus adeptos ficam vulneráveis, e, portanto, totalmente incapazes de aderir a um posicionamento crítico da doutrina a que foram submetidos.
Por conseguinte, tornam-se facilmente manipuláveis pela elite partidária, como cachorrinhos dispostos a enveredar pelo caminho da obediência cega, sem efetuar quaisquer questionamentos. Passam a responder apenas a estímulos animalescos, especialmente aqueles que envolvem violência física contra um inimigo abstrato, que nunca é explicitamente descrito. Se ousam discordar da doutrina entre seus colegas de partido e conceber ideias próprias — ao invés de aceitarem ser escravos subservientes de uma ideologia saturada de indivíduos desesperados pelo poder—, são acusados de traidores e reacionários.
Ódio contra os inimigos
O socialismo é inerentemente cruel, hostil e violento, porque seu principal objetivo é alcançar o poder político, seja da maneira que for. Se socialistas tiverem que usar a violência e a agressão para atingirem os seus objetivos, eles o farão sem problema nenhum. Normalmente, são atraídos ou recrutados como ativistas pessoas fracas, ressentidas e emocionalmente carentes, que tornam-se facilmente manipuláveis por uma elite partidária, que deseja avidamente alcançar o poder.
A manada é facilmente adestrada através de discursos demagógicos persuasivos. A arte da retórica é uma arte política, que indivíduos como Adolf Hitler e Luís Inácio Lula da Silva aprenderam a dominar com certa maestria. Como psicopatas do mais alto calibre, ambos aprenderam diversas maneiras de seduzir, dominar e iludir as multidões, manipulando-as de maneira a utilizá-las como massa de manobra para atingir objetivos de poder político.
Não obstante, à despeito de algumas variações superficiais, o discurso socialista é sempre igual. Alguma coisa — como por exemplo, o capitalismo — é eleito como o grande inimigo da humanidade, e eles, os indivíduos que pretendem alcançar o poder, representarão o povo, corrigirão todas as falhas do sistema, e lutarão contra o inimigo abstrato, que é o suposto responsável por todas as desgraças, aflições, ingerências e mazelas que afetam a nação.
Aqueles que se opõem aos santos “puros”, “benévolos” e “caridosos” que irão consertar o mundo e resolver todos os problemas da humanidade também são, frequentemente, enquadrados como perigosos opositores e inimigos. E as divisões e o discursos de ódio, evidentemente, não terminam nunca. São constantemente revitalizados, difundidos, renovados e apregoados, em benefício da manutenção do poder político.
O socialismo precisa do ódio para se disseminar. E este ódio — contra o patriarcado, contra o machismo opressor, contra o capitalismo — eventualmente resultará em rompantes de agressividade, fanatismo e violência.
Conclusão
Por fim, se existe alguma coisa que sempre esteve profundamente atrelada ao socialismo, este elemento, sem dúvida nenhuma, é a violência. Logo, o socialismo não consegue existir sem ela. Ela é usada como justificativa para se eliminar inimigos, atingir objetivos supostamente meritórios e altruístas, e subjugar opositores em nome de um mundo melhor. Na prática, no entanto, ela é apenas um instrumento de psicopatas desesperados para conquistar o poder. E normalmente, nunca são eles que sujam as mãos com atos criminosos e violentos. São os militantes — idiotas úteis —, incapazes de perceber que foram vítimas de ostensiva, oportunista e arrevesada lavagem cerebral. E que eles próprios serão eliminados, quando deixarem de ser úteis para o sistema.
Por: Wagner Hertzog